A safra da tainha de 2025 acaba na quinta-feira e o Ministério da Pesca já começou a discutir como serão as próximas temporadas. Uma série de reuniões acontece nesta semana em Santa Catarina, com lideranças do setor, entidades e trabalhadores. O roteiro começou no sul do estado e passará por Itajaí e Penha na quinta-feira.
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Os encontros fazem parte da agenda do Grupo de Trabalho da Tainha (GT Tainha) no estado, conduzida pela superintendência federal da Pesca e Aquicultura em Santa Catarina. A comitiva é ...
Os encontros fazem parte da agenda do Grupo de Trabalho da Tainha (GT Tainha) no estado, conduzida pela superintendência federal da Pesca e Aquicultura em Santa Catarina. A comitiva é formada por representantes do governo federal, órgãos técnicos, entidades da pesca artesanal e industrial, além de especialistas da área.
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As reuniões e visitas técnicas passam por cidades estratégicas do litoral catarinense onde a pesca da tainha tem importância socioeconômica e cultural. A agenda segue até sexta-feira, fazendo contato direto com os diferentes segmentos envolvidos na pesca da tainha. O grupo também quer ouvir sugestões para construir de forma participativa as definições das próximas safras.
O primeiro encontro foi em Balneário Rincão, no sul catarinense, na segunda-feira. Nesta terça-feira, a agenda segue no farol de Santa Marta, com pescadores e entidades de Laguna e Imaruí, pela manhã, e em Garopaba, à tarde. Na quarta-feira, tem reuniões em Florianópolis, com pescadores, e em São José, com a comissão de Pesca da Alesc e órgãos estaduais.
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A comitiva passa por Itajaí na quinta-feira. O grupo fará reuniões com entidades e sindicatos da pesca pela manhã, na sede da Amfri, e à tarde programa encontro com pescadores de Penha. O roteiro encerra na sexta-feira, com pescadores e lideranças de São Francisco do Sul e região. O governo federal convidou pescadores, colônias, sindicatos, associações e lideranças públicas para a participação nas reuniões.
Polêmica com cota para artesanais
A safra da tainha neste ano foi marcada pela polêmica cota de captura para pescadores artesanais do arrasto de praia em Santa Catarina, em medida inédita do governo federal. O estado cobrou diálogo com o setor e tentou reverter a decisão na justiça. A cota não foi retirada, mas o Ministério da Pesca ampliou o limite de captura de 1100 para 1250 toneladas.
O ministério explicou que a definição de cota faz parte da gestão sustentável da tainha, considerando a importância econômica, cultural e ecológica do recurso. A pasta ainda destacou que a ampliação no arrasto de praia, em parcelas de 100 toneladas e 50 toneladas neste mês, se deu pelo repasse de cota não usada pela frota industrial, seguindo norma vigente e acordo do GT da Tainha.
Nas demais modalidades, a safra 2025 chegou a quase 92% da cota de 450 toneladas destinadas pro cerco/traineira, com 412,95 toneladas de tainha capturadas. Dos 10 barcos credenciados, apenas um ainda não tinha atingido a cota individual de encerramento até esta terça-feira. No emalhe anilhado, a safra fechou no final de junho, com 1123,43 toneladas de tainha, após a frota alcançar 95% da cota.