Desde terça-feira passada, Miguel está impedido de pregar em igrejas e eventos religiosos por tempo indeterminado, após decisão do Conselho Tutelar. Ele conta que foi assistir pregações nos Gideões, onde gravou o vídeo com a denúncia.
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“Fui arrastado, tirado à força pelos seguranças, me agrediram dentro do ginásio. Me tiraram a todo custo, não querem mais me deixar entrar. Começaram a empurrar pessoas que queriam tirar fotos comigo. Eu estou dizendo para vocês que não quero problema com ninguém, quero tratar bem as pessoas como tratei, mas fui agredido por seguranças aqui de dentro. Não quero escândalo. Somos irmãos de Cristo pela obra missionária, mas fui desrespeitado, agredido e eu não desrespeitei ninguém”, acusou Miguel no vídeo.
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Até a postagem desta matéria, a organização dos Gideões não tinha se manifestado sobre o caso.
A decisão do Conselho Tutelar foi tomada no dia 29 de abril, após denúncia de suposta exploração religiosa envolvendo o adolescente, que tem mais de 1,4 milhão de seguidores nas redes sociais. Segundo os conselheiros, a restrição busca preservar a saúde emocional do jovem, que tem sido alvo de ofensas, incluindo xingamentos e acusações graves como “anticristo”.
Nos sites evangélicos, Miguel comentou sobre a proibição. “Eu chorei muito, né? Me decepcionei muito, me entristeci muito, porque eu amo estar no altar. Hoje eu vi o altar e chorei muito porque eu quero estar de volta, pregar novamente, mas é o tempo de Deus, e eu não posso ser contra. Se é da vontade de Deus, eu tenho que acatar. Mas eu creio que logo logo vou passar por isso daí e vai ser um grande testemunho”, disse ao Portal Assembleianos de Valor.
Ainda na noite de sábado, durante pregação nos Gideões, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL) sair em defesa de Miguel. "O que as mídias e as pessoas que vivem como urubus estão fazendo com o Miguel é isso: estão destruindo a alma deste garoto. Ele é perfeito? Não é! Ele faz coisas erradas, faz! Mas você que tem 200 anos faz. O que é mais fácil matá-lo ou ajudá-lo? Então vamos ajudar o Miguel, vamos orar por ele", disse o pastor em sua pregação.
Nesta semana, Feliciano foi condenado pela justiça a pagar R$ 80 mil a família do cantor Cazuza por atacar a honra do músico falecido.
Em 2017 Feliciano publicou vídeos usando imagens e músicas de Cazuza para atacar o cantor e à comunidade homossexual como um todo.
Lucinha Araújo, 88, mãe de Cazuza, venceu o processo por danos morais. Ela já havia ganhado a causa em primeira instância o valor de R$ 120 mil, mas o pastor recorreu. A 16ª Câmara de Direito Privado, do Tribunal de Justiça do Rio, confirmou a sentença e indenização de R$ 80 mil à família de Cazuza.
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Popular na internet
Com mais de 1,4 milhão de seguidores no Instagram, Miguel ganhou fama ao contar que nasceu sem as cordas vocais e sem os tímpanos, sendo curado pelo o que acredita ser um milagre aos três anos de idade. Ele nunca apresentou laudos médicos que comprovem a condição. Ele afirma também que tem apenas 20% da visão.
Entre os vídeos que viralizaram está um em que prega em inglês e usa a expressão “of the king, the power”. A frase teria sido copiada de outro pregador em um culto diferente.
Outro momento polêmico ocorreu quando Miguel rasgou supostos laudos médicos de uma fiel diagnosticada com leucemia, alegando que estava rasgando o câncer, "filtro o teu sangue e curo a leucemia”.