Entre as 10 áreas urbanas com as menores taxas de arborização, SC aparece com seis municípios, incluindo a capital Florianópolis. As áreas podem abranger uma cidade isolada ou um grupo de cidades da mesma região. A lista é liderada por Brusque, com a pior taxa (22,2%). A região de Tubarão e Laguna vem em terceiro lugar, com taxa de 24,9%. Mais atrás estão São Bento do Sul e Rio Negrinho (31,6%). Com 32,8%, Floripa tem a 4ª pior taxa entre as capitais. Outro destaque negativo pro estado, São José, isoladamente, é o município com mais de 100 mil habitantes com menor percentual (15,1%) de moradores em ruas arborizadas do país. No extremo oposto está Maringá (PR), com 98,6%.
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No top 10 das mais arborizadas não tem nenhuma cidade de SC. A capital mais arborizada é Campo Grande (MS), com taxa de 91,4%. Entre os estados, Mato Grosso do Sul é único com índice acima de 90% de arborização, alcançando 92,5% de pessoas perto de ruas arborizadas.
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Avaliação mostra que 34% das pessoas vivem em ruas sem árvores
A pesquisa considerou o percentual de moradores vivendo em trechos de ruas com árvores, com base nos dados do último Censo (2022). A classificação foi feita em três categorias, em trechos de uma a duas árvores, de três a quatro árvores e de cinco ou mais árvores. As cidades mais bem avaliadas são as com mais árvores em cada trecho.
O IBGE analisou mais de 63 milhões de domicílios (69,5% do total) em áreas urbanas, onde moram 174 milhões de pessoas (86% da população). Os dados mostram que, no Brasil, há 58,7 milhões de moradores (33,7%) vivendo em ruas sem arborização, enquanto 114,9 milhões (66%) estão em ruas com árvores por perto.
Analista do IBGE, Maikon Novaes comenta que a pesquisa pode servir pros municípios adotarem práticas de arborização, criando espaços urbanos mais sustentáveis e melhorando a qualidade de vida da população.
“A arborização urbana é essencial para a qualidade de vida nas cidades. Ela contribui para o bem-estar dos habitantes, oferecendo diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos. A redução da temperatura é uma consequência importante, diminuindo a incidência de ilhas de calor ao longo do tecido urbano”, destacou.
Além da arborização, a pesquisa analisou outras condições de infraestrutura perto das casas dos brasileiros, como iluminação pública, pavimentação, acessibilidade, transporte, drenagem, ponto de ônibus, calçadas e sinalização.
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BC se salva como destaque na região

Na região da Amfri, Balneário Camboriú se destacou com taxa de arborização acima da média nacional. O índice foi de 71,84% da população morando em ruas arborizadas. O IBGE listou BC como destaque em sinalização de ciclovias ou ciclofaixas, tendo a melhor taxa do país (14%) entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, ante à média nacional de 1,9%.
A cidade conta com arborização e ciclovias nas principais avenidas, entre elas a Atlântica e a Martin Luther. Só na orla são quase mil árvores. Com o projeto de revitalização da praia Central, mais 2,5 mil árvores serão plantadas ao longo da Atlântica. Conforme estudo em 2023, BC tem 11.222 exemplares na arborização urbana, tendo o centro como o local com mais árvores (4174).
Itajaí aparece na pesquisa em 5º lugar na região em arborização das ruas, com taxa de 32%. O percentual ficou abaixo da média da própria área urbana da região, que abrangeu seis cidades na avaliação. Camboriú, com taxa de 45%, superou as médias da região e do estado.
Percentuais de arborização
- Brasil: 66,56%
- Santa Catarina: 41,27%
- Região de Itajaí: 42,81% (Itajaí, BC, Camboriú, Navegantes, Penha, Piçarras, Barra Velha)
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Ranking por cidade da Amfri
- Balneário Camboriú: 71,84%
- Camboriú: 45,32%
- Porto Belo: 38,56%
- Bombinhas: 33,48%
- Itajaí: 32,51%
- Balneário Piçarras: 32,05%
- Itapema: 31,9%
- Ilhota: 25,28%
- Navegantes: 24,82%
- Penha: 23,65%
- Luiz Alves: 12,75%
Cidades/áreas urbanas com menores percentuais
- Brusque (SC): 22,2
- Barbacena (MG): 23,1
- Tubarão – Laguna (SC): 24,9
- Alagoinhas (BA): 27,1
- São Bento do Sul – Rio Negrinho (SC): 31,6
- Lavras (MG): 32,0
- Florianópolis (SC): 32,8
- São Luís (MA): 33
- Cametá (PA): 34,3
- Vitória de Santo Antão (PE): 34,8
- Salvador (BA): 36,5
- Petrópolis (RJ): 37,6
- Angra dos Reis (RJ): 37,8
- São João del Rei (MG): 38,5
- Conselheiro Lafaiete (MG): 38,6