Além das cotas para a frota industrial, na modalidade cerco/traineira, e semi-industrial (barcos de emalhe anilhado), o Ministério da Pesca propôs limites para as embarcações de emalhe costeiro (rede lisa), para o arrasto de praia e até para a captura na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.
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Somando todas as categorias, seriam liberadas 6190 toneladas de tainha pra captura. Para a frota de traineiras foi proposta a cota de 600 toneladas para 10 embarcações. O volume é maior que o de 2024, que foi de 480 toneladas para oito barcos. A frota de emalhe costeiro teria limite de 1725 toneladas e a de emalhe anilhado, de 1040 toneladas.
Somando todas as categorias, seriam liberadas 6190 toneladas de tainha pra captura. Para a frota de traineiras foi proposta a cota de 600 toneladas para 10 embarcações. O volume é maior que o de 2024, que foi de 480 toneladas para oito barcos. A frota de emalhe costeiro teria limite de 1725 toneladas e a de emalhe anilhado, de 1040 toneladas.
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Pra pesca nas praias, a cota prevista é de 825 toneladas. A proposta de limitar a captura de arrasto de praia atende uma das reivindicações dos armadores de pesca, que criticavam a falta de cotas e de controle para a pesca artesanal, enquanto contra a frota industrial pesavam as limitações de captura e de embarcações autorizadas.
No ano passado, segundo dados dos ranchos de pesca para a plataforma Informações da Pesca (IDP), foram mais de 1,7 mil toneladas de tainha capturadas no arrasto de praia em Santa Catarina, que teve uma safra histórica. As cidades que mais capturaram foram Florianópolis (445 mil tainhas), Bombinhas (327 mil tainhas) e Balneário Camboriú (55 mil tainhas).
Outra novidade na proposta do governo é a cota de captura para a Lagoa dos Patos, no Rio Grande (RS), que é um “berçário” de tainhas. Do local, a espécie migra para o norte, passando pelos litorais gaúcho e catarinense durante o período reprodutivo, entre maio e julho. A proposta prevê cota de duas mil toneladas na lagoa pra controlar o estoque do pescado.
A definição final sobre as cotas ainda será anunciada pelo governo federal. A previsão é que a portaria com os limites de captura e de embarcações saia até o dia 1º de março. Até lá, haverá mais discussões. No momento, o ministério da Pesca toca o processo de credenciamento das embarcações de cerco/traineira e de emalhe anilhado. O resultado preliminar sai em março e a lista definitiva dos barcos é prevista em maio.
Sindipi defende liberação de mais traineiras
As regras para a safra da tainha 2025 foram discutidas entre quinta e sexta-feira pelo GT Tainha. Durante a reunião, o Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), apresentou suas propostas. A entidade concordou com a cota de 600 toneladas para a frota industrial, mas defendeu que o total seja dividido para 12 traineiras, com limite de 50 toneladas para cada barco. A proposta do governo prevê até 10 embarcações.
Outra sugestão do sindicato é usar a média de 2018 a 2024 da modalidade de cerco, que estimou cota de 850 toneladas com 17 embarcações, com cota por barco de 50 toneladas. O Sindipi também pediu alteração do prazo de entrega do mapa de produção pelas indústrias de 48 horas para cinco dias úteis e a ativação durante o ano todo do Sistainha, sistema que reúne os dados de captura, pra monitoramento da pesca, inclusive no Rio Grande do Sul.
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A expectativa é que o ordenamento para a safra da tainha 2025 seja publicado até o início de março. A reunião do GT Tainha foi acompanhada no Sindipi pelo presidente da entidade, Agnaldo Hilton dos Santos, e pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesca de Santa Catarina (Sitrapesca), Henrique Pereira, além de membros da coordenadoria técnica e da câmara do cerco do Sindipi.
Propostas para a safra da tainha 2025