Uma moradora da rua arquiteto Luiz Augusto Trojan, no bairro Santa Regina, em Itajaí, denunciou os ataques de cães da raça pit bull naquela região. No último dia 13 de janeiro, seu cão foi atacado por um desses cachorros ferozes e só não morreu graças à intervenção de vizinhos.

Segundo a moradora, o ataque aconteceu durante a tarde, quando o cão invadiu o quintal e arrancou o seu cachorro linguicinha pela grade do portão. “Meu cachorrinho foi salvo por dois vizinhos. Um deles chegou a quebrar uma pá de obra no corpo do pit bull para que ele soltasse meu pet”, relatou.

De acordo com vizinhos, o mesmo pit bull já matou outros cães e até um gato da rua. A tutora do animal ainda não pagou as despesas médicas do pet atacado.

Na noite da última quarta-feira, a dona do cão tentou conversar pessoalmente com o dono do pit bull, mas ele teria acelerado o carro em sua direção. “Eu nem mencionei o estrago no portão da minha casa e na calha de água, onde é possível ver marcas de mordida”, desabafou.

A moradora trouxe o caso à tona para pedir ajuda. “Aqui temos muitas crianças e idosos. E se um dia esse pit bull atacar uma pessoa? Será que a tutora continuará sendo omissa? Pedimos ajuda!”, alertou.

Pedro Henrique, do Grupo de Operação de Resgate (GOR), orienta que a comunidade acione a Polícia Militar pelo telefone 190 ou a Guarda Municipal pelo 153 ao perceber ataques de cães.

Segundo ele, o tutor do animal pode ser responsabilizado por omissão de cautela na guarda e condução de animais, com pena de 10 dias a dois meses, além de multa.

A omissão de cautela pode ser configurada por deixar o animal em liberdade, confiar o animal a uma pessoa inexperiente, não guardá-lo adequadamente ou abandoná-lo na via pública. Em Santa Catarina, a Lei nº 14.204/2007 ainda proíbe a circulação de cães da raça pit bull em locais públicos, como praças, ruas, parques e jardins, sem o uso de focinheira.

A prefeitura de Itajaí ainda não respondeu se o caso foi denunciado ao Instituto Itajaí Sustentável (Inis) ou à Guarda Municipal.