Tentativa de golpe

Bolsonaro e 36 aliados são indiciados pela PF

Polícia Federal conclui relatório e envia investigação ao STF

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal nesta quinta-feira por tentativa de golpe de Estado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

Eles são acusados de crimes como de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A tentativa de golpe teve acampamentos em frente aos prédios da Marinha do Brasil e Exército, logo após a vitória de Lula nas eleições de 2022, e culminou com o ataque violento aos poderes da República no dia 8 de janeiro de 2023, com a vandalização e destruição de prédios públicos e de itens históricos do país.

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Entre os indiciados estão o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), o presidente do PL Valdemar Costa Neto e o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.

Grupo criminoso

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De acordo com a PF, as investigações, que iniciaram há quase dois anos, incluíram a quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de delações premiadas, buscas e apreensões autorizadas pela Justiça.

As provas revelaram a atuação de uma organização criminosa dividida em seis núcleos específicos: Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, Núcleo de Incitação de Militares ao Golpe de Estado, Núcleo Jurídico, Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas, Núcleo de Inteligência Paralela e Núcleo Operacional de Medidas Coercitivas.

Com a entrega do relatório, a PF encerrou as investigações e encaminhou o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Veja todos os indiciados

Ailton Gonçalves Moraes Barros; Alexandre Castilho Bitencourt da Silva; Amauri Feres Saad; Anderson Lima de Moura; Angelo Martins Denicoli; Bernardo Romão Correa Netto; Carlos Cesar Moretzsohn Rocha; Carlos Giovani Delevati Pasini; Cleverson Ney Magalhães; Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira; Fabricio Moreira de Bastos; Fernando Cerimedo; Filipe Garcia Martins; Giancarlo Gomes Rodrigues; Guilherme Marques de Almeida; Helio Ferreira Lima; José Eduardo de Oliveira e Silva; Laercio Vergilio; Marcelo Bormevet; Marcelo Costa Câmara; Mario Fernandes; Nilton Diniz Rodrigues; Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho; Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; Rafael Martins de Oliveira; Ronald Ferreira de Araujo Júnior; Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros; Tércio Arnaud Tomaz e Wladimir Matos Soares.

 

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“Estou vivo”, fala Lula sobre plano de seu assassinato

Lula falou sobre o golpe nesta quinta

Lula falou sobre o golpe nesta quinta

 

A quadrilha  planejou o assassinato de Lula, do vice-presidente Alckmin e até de Alexandre de Moraes. Os golpistas previam o envenenamento, o uso de explosivos e armamento pesado para “neutralizar” os que consideravam inimigos.

Nesta quinta, após o indiciamento dos golpistas, Lula falou pela primeira vez sobre a tentativa de golpe e agradeceu por estar vivo.  “Eu tenho que agradecer, agora, muito mais porque eu estou vivo. A tentativa de me envenenar, eu e o [vice-presidente, Geraldo] Alckmin, não deu certo, nós estamos aqui”, discursou Lula, no Palácio do Planalto, durante cerimônia para apresentação de revisão de contratos de concessão de rodovias.

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“E eu não quero envenenar ninguém, eu não quero nem perseguir ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato, que a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós. Eu quero medir com números quem fez mais escola, quem cuidou dos mais dos pobres, quem fez mais estradas, mais pontes, quem pagou mais salário mínimo nesse país, é isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, discursou.

Punhal Verde e Amarelo

O plano golpista “Punhal Verde e Amarelo” para tomar a presidência teria tido aval do ex-presidente Bolsonaro, que indicou que a tomada do poder a força deveria ocorrer até 15 de dezembro de 2022. A investigação da Polícia Federal apontou ainda que um “gabinete de crise” seria instalado após os assassinatos.

A PF identificou que um núcleo de militares, formado após as eleições presidenciais de 2022, usou o conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações para impedir que Lula assumisse.

O plano chegou a ser impresso duas vezes em novembro e dezembro de 2022 no Palácio do Planalto. O documento detalhava métodos para envenenar ou usar substâncias químicas para causar um colapso orgânico em Lula, identificado no plano pelo codinome “Jeca”. Geraldo Alckmin era chamado de “Joca” e Moraes, de “Professora”. O plano também considerava o uso de explosivos.

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