Investigação

Catarinense autor de atentado tentou invadir STF com explosivos no corpo

PF apreende notebook e pen drive em Rio do Sul; buscas fazem parte de investigação do atentado que resultou em morte

(foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom Agência Brasil)
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A Divisão de Combate ao  Terrorismo, da Polícia Federal (PF), fez buscas em Rio do Sul no endereço de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que morreu por explosivo em atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira. Foram apreendidos um notebook e um pen drive. Na casa que o homem havia alugado em Ceilândia, no Distrito Federal, os policiais acharam artefatos explosivos do mesmo tipo usado na Praça dos Três Poderes.

A investigação do caso foi anunciada pelo Ministério da Justiça ainda na noite de quarta-feira e será enviada para o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A PF trata o caso como ato terrorista e ato antidemocrático com cunho político.

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Francisco Wanderley era catarinense, de Rio do Sul, onde concorreu à eleição pelo PL em 2020, com o apelido de Tiu França. Nas redes sociais, ainda na noite de quarta, surgiram prints de postagem feitas por ele, onde ameaçava cometer o atentado.

Caso planejado

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Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse que a ação foi individual, com planejamento de longo prazo, e que as bombas eram artesanais, mas com alto grau de letalidade.

As explosões foram ouvidas por volta das 19h30. Uma dessas explosões foi num carro carregado com fogos de artifício que estava no estacionamento da Câmara dos Deputados.

A outra foi em frente ao prédio do STF, onde Francisco Wanderley Luiz morreu após detonar um explosivo. Ele, que foi candidato a vereador pelo PL em 2020, também era dono do carro que explodiu.

A Polícia Civil do Distrito Federal também abriu uma investigação sobre as explosões, mas a PF e o STF devem assumir o caso, por já tratarem dos inquéritos ligados aos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que a Polícia Legislativa das duas casas – Senado e Câmara dos Deputados - está ajudando na apuração das circunstâncias do fato.

Durante a madrugada desta quinta-feira, a PF e a Polícia Militar fizeram uma varredura na área dos ataques para verificar a existência de outros explosivos. Foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas, do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional no Distrito Federal, peritos e grupo antibombas.

Após o episódio, a segurança foi reforçada no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto, que fica no lado oposto ao STF, na Praça dos Três Poderes, e na Esplanada dos Ministérios. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava no Planalto no momento das explosões.

 

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Tentativa de entrar no STF

Francisco concorreu à eleição em 2020
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Imagens de câmeras de segurança mostram que, antes da explosão em frente ao STF, Francisco tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo contra a estátua da Justiça e foi abordado por um segurança. Francisco fugiu da abordagem, mas depois lançou mais explosivos em direção ao STF. Outros seguranças se aproximaram até que o homem, que tinha uma bomba presa ao próprio corpo, deitou no chão e detonou o explosivo.

A ex-mulher de Francisco foi localizada e ouvida pela Polícia Federal. Ela contou aos agentes que ele “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”. Segundo a mulher, Francisco teria feito pesquisas na internet para o planejamento do ataque. Alexandre de Moraes comentou que as explosões são fruto do crescimento do extremismo no país nos últimos anos e que não podem ser vistas com um “fato isolado”.

“É um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente. Contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo e as famílias de cada ministro”, afirmou. “Isso foi se avolumando sob o manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão. Ofender, ameaçar, coagir, em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é crime”, disse.

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