Novo trecho da orla de BC vai custar R$ 57 milhões
Abertura do edital será no dia 13 de novembro. Uma das novidades da nova orla serão mais de 2500 árvores
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Novo lote abrange áreas junto ao molhe da Barra Sul (Foto: João Batista)
Novo lote abrange áreas junto ao molhe da Barra Sul (Foto: João Batista)
Comunidade pediu mais árvores e mais bancos (Foto: João Batista)
Obras da nova orla poderão levar até 10 anos (Foto: João Batista)
A prefeitura de Balneário Camboriú retomou na sexta-feira a licitação do novo lote da reurbanização da orla da Praia Central, após readequações dos pedidos de esclarecimentos e contestações feitos por empresas interessadas na concorrência. O edital tem valor máximo de R$ 57,8 milhões, abrangendo quatro trechos na Barra Sul, da rua 3920 até o molhe, numa extensão de 1,3 quilômetro e área aproximada de 44 mil metros quadrados para as melhorias do parque linear.
Os mais de 50 questionamentos tinham levado o município a suspender o edital em setembro. Com as adequações, a licitação foi relançada na última sexta e no próximo dia 13 de novembro acontecerá ...
Os mais de 50 questionamentos tinham levado o município a suspender o edital em setembro. Com as adequações, a licitação foi relançada na última sexta e no próximo dia 13 de novembro acontecerá a abertura das propostas das empresas interessadas.
A obra dará continuidade ao primeiro trecho da reurbanização já liberado na Barra Sul, que servirá como modelo para os demais lotes.
O engenheiro Edson Kratz, coordenador do Projeto de Reurbanização da Praia Central, explica que o edital foi reavaliado junto aos projetistas, com adequações para ampliar a possibilidade de mais participantes concorrerem. A maior parte dos questionamentos foram de dúvidas e pedidos de esclarecimentos.
Inicialmente, a abertura das propostas era pra setembro, com previsão da ordem de serviço em outubro. Os prazos foram ajustados com a retomada do edital, que prevê a execução da obra em 20 meses. Depois, o avanço da reurbanização para o restante da orla vai depender do projeto de macrodrenagem, que está dividido em duas etapas, com a primeira prestes a começar no trecho norte.
O projeto da primeira fase da macrodrenagem está licenciado e licitado. A obra será da rua 2000 até o canal Marambaia e aguarda aval da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) pra começar. Segundo Edson Kratz, a espera é por uma portaria do órgão, após já vencer o prazo pro Ibama se manifestar no processo. O procedimento seria meramente protocolar, já que o licenciamento ambiental foi pelo Ima.
Enquanto isso, o município deu início às tratativas com as empresas vencedoras (NAJ e SA Concretos) para o cronograma da obra e procedimentos pra instalação do canteiro de obras, que ficará na faixa de areia próximo à ponte do Marambaia, no Pontal Norte. “Já tínhamos solicitado a confecção de 200 das 9244 galerias [de drenagem] e a empresa só está no aguardo da definição da localização para a sua entrega”, informa o engenheiro.
Após a ordem de serviço, o prazo é de um ano pra conclusão. As galerias serão colocadas na faixa de areia, junto à linha da atual calçada. Na segunda fase, a macrodrenagem avançará no trecho Sul, da rua 2000 até a 3900, com mais 1,8 quilômetro de galerias. Com a obra, a reurbanização da orla poderá seguir da Barra Sul para a Barra Norte.
Obra da rua 2000 ao pontal Sul
O projeto da primeira fase da macrodrenagem está licenciado e licitado. A obra será da rua 2000 até canal Marambaia e aguarda aval da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) pra começar. Segundo Edson Kratz, a espera é por uma portaria do órgão, após já vencer o prazo pro Ibama se manifestar no processo. O procedimento seria meramente protocolar, já que o licenciamento ambiental foi pelo Ima.
Enquanto isso, o município deu início às tratativas com as empresas vencedoras (NAJ e SA Concretos) para o cronograma da obra e procedimentos pra instalação do canteiro de obras, que ficará na faixa de areia próximo à ponte do Marambaia, no Pontal Norte. “Já tínhamos solicitado a confecção de 200 das 9244 galerias [de drenagem] e a empresa só está no aguardo da definição da localização para a sua entrega”, informa o engenheiro.
Após a ordem de serviço, o prazo é de um ano pra conclusão. As galerias serão colocadas na faixa de areia, junto à linha da atual calçada. Na segunda fase, a macrodrenagem avançará no trecho Sul, da rua 2000 até a 3900, com mais 1,8 quilômetro de galerias. Com a obra, a reurbanização da orla poderá seguir da Barra Sul para a Barra Norte.
Obras da nova orla poderão levar até 10 anos
A revitalização da orla vai além do parque linear, com intervenções na avenida Atlântica, como novo sistema viário, fiação subterrânea, passeio no lado dos prédios e mudanças nas ruas de acesso. Com todas as obras ainda pela frente, o projeto vai se estender ao menos até 2030, podendo levar até 10 anos pra terminar.
Ao longo do tempo, outras melhorias ainda poderão ser incluídas. O coordenador do projeto, Edson Kratz, informa que o cronograma está em elaboração. “Estamos avaliando e atualizando um plano estratégico da execução de cada uma das etapas. O que podemos adiantar é de que provavelmente, sim, com muita responsabilidade, ainda levarmos 10 anos para sua conclusão”, afirma.
Kratz considera que cada intervenção na avenida Atlântica gera impactos no local, na vizinhança e na cidade como um todo, sendo preciso pensar na continuidade das etapas. Outro ponto é disponibilidade de recursos. “Além de compatibilizar todas as etapas físicas e seus impactos nas obras que se complementam, é necessário um planejamento financeiro para sua concretização, por meio de arrecadação de recursos através das outorgas onerosas”, comenta.
Pedidos de mais árvores e mais bancos
O novo lote da reurbanização da orla terá novidades incluídas a partir de sugestões recebidas após a liberação do trecho-piloto, entre as ruas 4400 e 4600. A plantação de mais árvores e a colocação de bancos com encostos foram os principais pedidos.
“Houve um ajuste com o projetista para aumentarmos o número de árvores, principalmente das espécies que dão boa sombra, e já temos um número final de toda a orla, onde teremos 2500 árvores”, informou Edson Kratz.
Ele explicou que o número de banco e árvores já estava subdimensionado no acordo pra obra do primeiro trecho. Para o novo edital, será contemplado o plantio de mais árvores do trecho-piloto e a revisão do mobiliário.
Outras melhorias serão em acessibilidade, a partir da atualização de normativas de piso táctil, feitas em janeiro, quando a obra do trecho-piloto já estava em andamento. O município também fará uma pesquisa sobre o parque linear. Devem ser ouvidas ao menos 600 pessoas a partir do dia 28, com resultado divulgado até 15 de novembro.
Túnel embaixo de praça sugerido como memorial da nova orla
A reurbanização da orla poderá incorporar ideias e melhorias ao longo do cronograma. Uma das propostas recentes da equipe é usar o subsolo da praça Almirante Tamandaré, que no projeto original já seria elevada em um metro, pra construção de um “Memorial da Orla”.
A ideia é de um corredor de passagem, como se fosse um “túnel do tempo”, que contaria a história da praia com imagens e materiais representativos de cada época e das transformações ao longo das décadas. O projeto é pensado como a última etapa da conclusão da nova orla. Kratz ressalta que o projeto ainda é conceitual.
Segundo ele, a construção do trecho-piloto da reurbanização inspira novas ideias. “Sempre haverá possibilidade de termos algo a mais, de melhorias, de adequações, do surgimento de novas tecnologias, de novos equipamentos dentro deste mundo tão dinâmico que são os lugares para as pessoas. Isso é urbanidade”, afirma.
O QUE VEM AÍ
• Macrodrenagem Norte e Sul, numa extensão de 4,2 km
• Parque linear da linha das atuais amendoeiras até a praia, totalizando 250 mil m², com 10 playgrounds, cinco dog parques, lixeiras subterrâneas, paraciclos, mobiliário, pontos de ônibus e infraestrutura
• A instalação de 133 superpostes na areia para iluminação da praia
• Três vias, uma delas em concreto para via de serviço, principalmente ao transporte coletivo, com 47 travessias elevadas
• Rebaixamento da rede de energia elétrica
• Calçada das edificações (lado dos prédios na Atlântica), com o mesmo desenho urbano da orla
• Tratamento urbanístico e paisagístico em 55 ruas que dão acesso à praia (projeto Esquinas Vivas)
• Construção de 24 quiosques
Execução de 37 quiosques menores
• Construção de 11 postos de salva-vidas, ao menos três com “mini” UPA
• Construção de 30 áreas técnicas nos subsolos dos acessos à praia
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