O caso da vigilante escolar que teve a arma roubada na semana passada em Itajaí foi o 10º registro deste tipo desde o início do contrato, em junho de 2023. As ocorrências envolveram situações de roubos e furtos de armas dos vigilantes. O contrato com a empresa, inicialmente de um ano, até junho, com valor de R$ 11,1 milhões, foi prorrogado até 31 de dezembro de 2024, ao custo de mais R$ 6,3 milhões.
O último caso de roubo de arma foi na tarde de sexta-feira, no Centro Educacional Infantil (CEI) Manoel Ferreira de Miranda, no bairro da Murta. A creche foi invadida por dois criminosos ...
O último caso de roubo de arma foi na tarde de sexta-feira, no Centro Educacional Infantil (CEI) Manoel Ferreira de Miranda, no bairro da Murta. A creche foi invadida por dois criminosos, que renderam a vigilante e roubaram a arma dela, um revólver calibre 38. A dupla fugiu numa moto Honda Biz, mas três bandidos envolvidos no crime foram presos pela Polícia Militar e a arma foi recuperada.
A prefeitura não se manifestou oficialmente sobre a ocorrência e a Secretaria de Educação ainda não respondeu se adotará medidas administrativas contra a empresa de segurança pra evitar novos casos de roubos ou furtos de armas dos vigilantes. Ainda em maio, após um episódio de roubo no CEI Lea Leal de Souza, na Barra do Rio, a secretaria anunciou que os 245 vigilantes armados que atuam nas escolas receberiam reforço no treinamento.
Também foi pedido à empresa melhorias e alterações de procedimentos para evitar novas ocorrências nas escolas. Outras ações abrangeram obras, com aumento de muros e instalação de grades em todas as 118 unidades da rede municipal. Na época, a prefeitura informava cinco casos com armas em 11 meses de contrato, sendo dois furtos e três roubos em unidades escolares, segundo a Guarda Municipal.
O serviço de vigilância armada escolar é feito pela Orbenk, vencedora da licitação em 2023. Do contrato, R$ 11,3 milhões já foram pagos pela prefeitura, e até o final do ano a empresa deve receber quase R$ 17 milhões pelos serviços, que custam quase R$ 1 milhão por mês. Ainda não há informação se o governo de transição com o prefeito eleito Robison Coelho (PL) vai reavaliar a continuidade do contrato para 2025.
A vigilância escolar armada foi adotada pela prefeitura de Itajaí após o ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, em abril de 2023, que terminou com quatro crianças mortas e cinco feridas. Em Itajaí, o projeto para a contratação dos vigilantes terceirizados foi aprovado na Câmara no mesmo mês do atentado, com o edital lançado pelo município logo em seguida, em meio às reivindicações das famílias por mais segurança nas escolas.