balneário camboriú
Empresário atropelado por lancha gostava de nadar na praia
Rafael Gonzalez faleceu aos 49 anos. Já Waldir, também atropelado, segue na UTI
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O empresário Rafael Aragão Gonzalez, de 49 anos, que morreu após ser atropelado pela lancha Johnny Reb, na praia Central de Balneário Camboriú, foi velado e sepultado nesta sexta-feira no cemitério Parque Jardim da Paz, em Florianópolis.
Natural de São Paulo, Rafael estava morando em Balneário e costumava nadar na praia Central onde foi atingido pela lancha. A outra vítima do acidente, Waldir Scott Colombo, de 61 anos, passou por cirurgia e segue internado em estado grave no hospital Ruth Cardoso.
Rafael era administrador de empresas e fundador da Tanoaria Espanha, uma empresa especializada em bebidas alcoólicas. Pai de dois filhos, Hugo e Bruno, Rafael estava divorciado. Ele era um nadador habitual da região e costumava dar suas braçadas próximo à Ilha das Cabras, sendo conhecido pelos salva-vidas por iniciar suas atividades nas proximidades do posto da altura da rua 2600.
Já Waldir segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ruth Cardoso, com estado de saúde grave, porém estável. Ele passou por uma cirurgia nas pernas, mas não foi confirmado se houve amputação. O boletim médico desta sexta-feira foi do dr. César Meirelles.
Perícia
Segundo a Polícia Civil, a lancha envolvida no acidente passará por perícia. O condutor da embarcação de 32 pés, um marinheiro profissional de 42 anos, afirmou que navegava após a demarcação de 200 metros, no sentido norte, próximo à Ilha das Cabras, quando sentiu a colisão. Ele logo avistou as duas vítimas na água.
Conforme relato de Waldir, ele e Rafael nadavam com uma boia sinalizadora quando foram atingidos pela lancha. Ele não soube informar a distância exata da faixa de areia no momento do acidente. O delegado Leonardo Zambeli informou que o teste do bafômetro realizado no condutor e foi negativo.
De acordo com a Delegacia da Capitania dos Portos, o condutor da lancha possui habilitação válida, e a embarcação estava alugada. A Marinha do Brasil tem 90 dias para concluir as investigações sobre as causas do acidente.