Pais e professores da rede municipal de ensino de Itajaí denunciam a falta de serviços de limpeza nas escolas e creches desde a última quarta-feira. A situação é por causa do término do contrato da prefeitura com a empresa Minister.
O contrato não foi renovado após recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A nova empresa contratada, a Produserv Serviços, ainda não assumiu os trabalhos, e os pais afirmam ...
O contrato não foi renovado após recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A nova empresa contratada, a Produserv Serviços, ainda não assumiu os trabalhos, e os pais afirmam que as unidades escolares estão sem limpeza.
Uma mãe de aluno conta que as escolas e creches estão sem papel higiênico, lixeiras ou sacos de lixo. “Está um caos nas creches e escolas”, relatou. Uma profissional de uma creche no bairro Cordeiros confirmou que professoras e monitoras estão levando lençóis e toalhas para lavar em casa, devido à falta de limpeza.
A prefeitura enviou um comunicado às escolas na terça-feira à noite, informando sobre a rescisão do contrato com a Minister. “Por orientação do Tribunal de Contas do Estado, o contrato de prestação de serviços com a Miservi, responsável pela limpeza e conservação, não será renovado”, dizia o e-mail.
Pais de alunos da escola da Murta relataram que a direção está orientando os estudantes a ajudar na organização até que a nova empresa comece a trabalhar. “Enviamos nossos filhos para aprender, não para limpar. O governo está deixando a desejar”, desabafou uma mãe.
O vereador Osmar Teixeira (PSD) denunciou em vídeo nas redes sociais que a prefeitura sabia há três meses que o contrato não seria renovado, mas não tomou nenhuma providência. “A situação está piorando, com a empresa recolhendo os materiais de limpeza das escolas”, denunciou. Osmar mencionou que um contrato emergencial com a Produserv Serviços Ltda foi assinado, mas até o momento o serviço não foi retomado.
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A Secretaria de Educação confirmou que o contrato com a Minister não pode ser renovado por determinação do TCE e que o novo processo licitatório foi suspenso para adequações. “As unidades escolares não ficaram desassistidas”, afirmou a nota oficial da prefeitura.
Briga pra retirada de equipamentos
O grupo Minister informou que, com o término do contrato, iniciou a retirada dos equipamentos e materiais utilizados nos serviços de limpeza. No entanto, a empresa afirmou que servidores municipais têm impedido a retirada dos bens “não consumíveis”, que pertencem à empresa e não ao patrimônio público.
A Minister defendeu que a nova empresa contratada forneça seus próprios materiais, conforme previu o processo de dispensa de licitação. “O uso dos equipamentos da Miservi é ilegal. Solicitamos a devolução imediata de nossos bens”, avisou a empresa.