O suposto envolvimento do ex-secretário de Floripa se tornou público quando a justiça retirou o sigilo da denúncia do Ministério Público.

Segundo as investigações, as fraudes começaram na capital e se espalharam para outras cidades. As autoridades agora tentam dimensionar o alcance do esquema.

De acordo com o MP, os acusados trabalhavam como um cartel, controlando preços e a qualidade dos serviços funerários prestados.

Presente de rico

João teria recebido o presente do dono de uma funerária. O chinelo, da marca francesa Hermès, custa cerca de R$ 4 mil e teria sido dado como “recompensa” por João, ainda servidor público na época, ter facilitado práticas ilegais.

O ex-secretário era amigo do dono de uma das funerárias de Florianópolis e supostamente usava seu cargo para editar decretos que beneficiavam as empresas. A denúncia aponta que ele afastava fiscais que supervisionavam as atividades, estendia prazos de contratos de maneira ilegal e influenciava na renovação das concessões.

João foi nomeado secretário em janeiro de 2023 pelo prefeito de Florianópolis, Topázio Neto. Ele renunciou ao cargo em abril de 2024 para coordenar a campanha eleitoral do PL e a campanha de reeleição de Topázio. O caso ainda não foi julgado pela justiça.