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A investigação é comandada pela Polícia Civil de Rio Branco do Sul, no Paraná, e contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina. 

A investigação é comandada pela Polícia Civil de Rio Branco do Sul, no Paraná, e contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina. 

Foram cumpridas seis ordens de busca e apreensão simultaneamente nas cidades de Rio Branco do Sul (PR), Itapema, Balneário Camboriú e Belo Horizonte (MG), com a apreensão de 13 veículos de luxo, três motocicletas esportivas e joias. Os veículos apreendidos estão avaliados em R$ 3,5 milhões. 

Além das apreensões, a polícia conseguiu o bloqueio de contas bancárias no valor de R$ 25 milhões, que teriam sido desviados pelos influenciadores digitais no último ano. 

Rifas fakes

Um dos influenciadores investigados é M.S., que é natural do Paraná, mas fazia as rifas na região de Balneário Camboriú. Ele tem 480 mil seguidores nas redes sociais e fazia vídeos anunciando rifas e mostrando carros de luxo, como um Audi, e motos esportivas que seriam os prêmios sorteados. O cara aparece gravando às margens da BR 101, com o cenário de fundo dos prédios luxuosos da orla de BC. 

As contas nas redes sociais e o site em que faziam os sorteios foram bloqueados por ordem judicial. “A operação busca apurar a contravenção penal de promoção de rifas ilegais, os crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular. Apesar de terem se tornado extremamente populares recentemente, as rifas de veículos e valores em dinheiro só podem ser feitas se autorizadas pelo Ministério da Fazenda. Caso contrário, são consideradas contravenção penal”, explica o delegado paranaense Gabriel Fontana. 

O grupo também fazia sorteios em dinheiro. “Nesses sorteios, o comprador ganha um ‘número da sorte’ entre 01 e 9.999.999. Acontece que, nos sorteios regulares baseados na loteria federal, são utilizadas somente cinco dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso”, adinata o delegado. 

As investigações continuarão com o objetivo de identificar outros envolvidos nos crimes.