Poluição D

Canudo plástico matou atobá em Piçarras

Santa Catarina proíbe o uso de canudinhos plásticos nas praias, mas legislação não é respeitada

Atobá tinha um canudo de quase 19 centímetros preso entre o esôfago e o estômago (Foto: Divulgação/PMP-BS/Univali-Penha)
Atobá tinha um canudo de quase 19 centímetros preso entre o esôfago e o estômago (Foto: Divulgação/PMP-BS/Univali-Penha)
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A morte de uma ave marinha causada por plástico reforçou o alerta sobre a necessidade do fim da poluição dos mares.  O lixo plástico está entre as principais causas de morte de animais marinhos. Uma das últimas vítimas foi um atobá-pardo, ave bonitona e comum na costa do Brasil. Ela foi encontrada morta no dia 16 de abril, em Balneário Piçarras, e o exame revelou que ela tinha um canudo plástico inteiro no estômago.

O resultado da necropsia foi divulgado na segunda-feira pela Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, em Penha, que faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia ...

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O resultado da necropsia foi divulgado na segunda-feira pela Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, em Penha, que faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Foi a equipe do projeto quem encontrou a ave, já sem vida, em Piçarras. Na ocasião, a carcaça do animal foi recolhida e levada pra unidade de Penha pra realização da necropsia.

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No exame, foi encontrado entre o esôfago e estômago da ave um canudo plástico com quase 19 centímetros de comprimento e pesando cerca de 2,80 gramas. Por conta do material ingerido e da obstrução gástrica, o atobá-pardo, que era uma fêmea juvenil, não conseguiu fazer a absorção dos nutrientes necessários pra sobrevivência e o animal morreu.

“Esse foi mais um caso que nos deixou imensamente tristes. Mudar os nossos hábitos e adotar medidas mais sustentáveis são fundamentais”, destacou a equipe da unidade da Univali, em Penha. O projeto alerta que o descarte inadequado de resíduos sólidos causa um grande impacto na vida marinha e nos ecossistemas, pois são confundidos com alimentos e um dos maiores causadores da morte dos animais marinhos.

 

Plástico mata

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cerca de 25 milhões de toneladas de lixo vão para o mar anualmente. Do total, 14 milhões de toneladas são lixo plástico.

O relatório do programa, divulgado em fevereiro deste ano, ainda traz um alerta sobre a geração de resíduos sólidos urbanos, que pode crescer de 2,3 bilhões de toneladas em 2023 para 3,8 bilhões de toneladas até 2050.

 

Leis proíbem canudinhos plásticos

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Os canudos plásticos comuns são proibidos nas praias catarinenses desde 2019, quando o então governador Carlos Moisés sancionou uma lei estadual que obriga os estabelecimentos comerciais a utilizar canudos biodegradáveis, recicláveis, esterilizáveis e reutilizáveis.

A medida vale para hotéis, clubes, quiosques, bares, restaurantes, lanchonetes e vendedores ambulantes. A lei também proíbe a distribuição e fabricação de canudos de plástico. O uso, no entanto, ainda depende da conscientização da população. A multa prevista para os comércios que descumprem a lei pode chegar a R$ 3 mil.

A alternativa por canudos de materiais ecológicos é porque eles se decompõem em até seis meses. Já um canudo de plástico comum pode levar mais de 400 anos pra se decompor.

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Em Itajaí, uma lei semelhante à estadual proíbe os canudinhos desde 2018, prevendo o fornecimento de produtos ecológicos. O descumprimento prevê multa de até 10 UFMs (Unidade Fiscal do Município), que hoje somaria R$ 2303.

Neste ano, a cidade também aprovou uma lei que obriga o uso de sacos e sacolas ecológicas no lugar de sacos de lixo e sacolas plásticas comuns no comércio e órgãos públicos. A legislação ainda aguarda regulamentação.






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