Praia Central

Pescadores reclamam que tainhas são afugentadas por jet-skis

Barulho de embarcações e até tratores de limpeza seriam motivos pra cardumes ainda não terem aparecido

Safra de quase 800 mil tainhas em SC já superou temporada de 2023
(foto: reprodução)
Safra de quase 800 mil tainhas em SC já superou temporada de 2023 (foto: reprodução)
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A temporada da pesca artesanal de tainha já superou os números de 2023 nas praias catarinenses. Na praia Central de Balneário Camboriú, porém, os pescadores estão há quase 50 dias sem ver nenhum cardume entrando na enseada. O problema, segundo eles, tem a ver com o barulho de jet-skis, lanchas e outras embarcações que ficam muito perto da orla.

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Até as operações com os tratores que trabalham na limpeza e nivelamento da faixa de areia estariam “espantando” as tainhas da praia Central. Para eles, a falta de fiscalização da prefeitura contra as embarcações tem prejudicado a safra. Enquanto isso, bons lanços têm sido registrados nas praias agrestes. Na praia do Pinho houve arrasto com 11 mil tainhas na sexta-feira passada.

A pesca artesanal da tainha é patrimônio cultural imaterial de Balneário Camboriú desde 2019. Durante a safra, por lei, é proibido o uso de jet-skis, lanchas rebocadoras e embarcações motorizadas nas praias. Também é proibida a armação de redes dos tipos feiticeira e de malha.

Na praia Central estão três dos 10 ranchos de pesca artesanal da cidade. A safra vai até 31 de julho e tem apoio da prefeitura e da Polícia Militar. A Fundação Cultural e a Secretaria do Meio Ambiente de BC atuam em parceria com a Colônia de Pescadores Z-7, em trabalho pra fornecer estrutura e orientações, além de fiscalizar a atividade.

De acordo com a consultora jurídica Erika Barbarini, representante dos pescadores da praia Central, não têm ocorrido ações de orientação e de fiscalização tanto por parte da prefeitura como da Marinha e da Polícia Militar Ambiental. “Os três pontos da praia Central são os únicos que estão desde o dia da abertura da safra, em 1º de maio, sem conseguir pescar”, comenta.

Ela relata que os jet-skis saem da marina pelo rio Camboriú, inclusive em grupos, como mostra um dos vídeos, e o barulho das embarcações impede a chegada dos peixes. No sábado, Erika flagrou um piloto de jet-ski desembarcando na praia Central e pediu pra ele respeitar o distanciamento. “Ele ultrapassou a boia de banhistas e veio até o raso”, disse.

A navegação de jet-ski e outras embarcações são proibidas na faixa até 200 metros da orla. Na praia Central, as embarcações têm pontos de entrada e saída do mar permitidos em trechos junto aos molhes do Pontal Norte e Barra Sul. Em outros trechos é proibida a atracação.

 

Prefeitura diz que fiscaliza

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Pescadores artesanais cobram fiscalização; prefeitura diz que há ações  (foto: reprodução)
Pescadores artesanais cobram fiscalização; prefeitura diz que há ações  (foto: reprodução)

 

A prefeitura de Balneário Camboriú se manifestou por meio da secretaria de Meio Ambiente. A pasta diz que realiza a fiscalização 24 horas na praia Central e nas praias agrestes, além de atender denúncias de pescadores.

Segundo a secretaria, as ações podem apreender redes que não são permitidas. Somente na safra de 2024, foram feitas 24 apreensões.

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“Em relação às embarcações, a fiscalização trabalha orientando os condutores e autuando quando há crime ambiental, mas a notificação, apreensão e remoção por má conduta é de responsabilidade da Marinha do Brasil através da Capitania dos Portos”, ressaltou a secretaria, em nota.

Com relação às máquinas que operam na limpeza e manutenção da faixa de areia da praia Central, a pasta destaca que não há nenhuma confirmação técnica que aponte interferência na pesca. Ainda assim, houve ajuste de horários.

“Em reunião feita entre a secretaria e os pescadores foi levantada a questão e solicitada uma alteração nos horários de operação dos tratores, o que foi acatado”, informou a nota.

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Safra já bateu captura de 2023

Florianópolis lidera o ranking de captura de tainha nesta safra (foto: divulgação)Florianópolis lidera o ranking de captura de tainha nesta safra (foto: divulgação)
Florianópolis lidera o ranking de captura de tainha nesta safra (foto: divulgação)

 

Os pescadores artesanais de Santa Catarina já passaram da marca de 780 mil tainhas este ano, superando a safra de 2023, quando foram capturadas 505,5 mil tainhas. O levantamento é da plataforma Informações da Pesca (IDP), que coleta os dados diretamente dos ranchos de pesca.

Até o dia 12 de junho, a cidade de Florianópolis liderava a lista com o maior de número de tainhas capturadas: 339,9 mil peixes. O número da capital será ainda maior, já  que nesta segunda-feira foram registrados lanços de 25 mil tainhas na praia Brava e outro de mais de 20 mil tainhas na Lagoinha do Norte, ainda não contabilizados.

Bombinhas aparece em segundo lugar no ranking estadual, com 282,3 mil tainhas capturadas. No final de março, em um só arrasto, foram 29 mil peixes no maior lanço desta temporada em Santa Catarina. 

Na terceira posição, bem atrás, está Palhoça, com 39,3 mil tainhas. Na lista só com cidades da Amfri, Bombinhas lidera a captura na região, seguida de Balneário Camboriú, com 35 mil tainhas capturadas nas praias agrestes.Itapema (7253), Porto Belo (4124) e Penha (3300) vêm em seguida no ranking regional.






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