Mara Lúcia Walker descobriu muito cedo sua afinidade com a área da saúde. Natural de Palmeira das Missões (RS), ela fez sua emancipação aos 16 anos e veio morar em Itapema com a irmã mais velha.
Concluiu o ensino médio, fez um curso técnico e depois, já no mercado de trabalho, cursou a graduação em enfermagem. Só que a menina tímida do Rio Grande do Sul jamais imaginou que aos 40 anos já ...
Concluiu o ensino médio, fez um curso técnico e depois, já no mercado de trabalho, cursou a graduação em enfermagem. Só que a menina tímida do Rio Grande do Sul jamais imaginou que aos 40 anos já teria contribuído tanto para a saúde pública na cidade e também para a sua categoria. Mara lembra do ano de 2004, quando concluiu o curso técnico e no ano seguinte começou a trabalhar em uma unidade de saúde em Itapema.
Ela foi contratada como vacinadora, mas acabou ficando por pouco tempo. Com a cara e a coragem, foi em busca de trabalho no Hospital do Coração, em Balneário Camboriú, e acabou sendo a primeira técnica em enfermagem contratada sem experiência na área hospitalar.
Ela aprendeu rapidamente suas funções, abriu portas para que muitos técnicos recém-formados tivessem no Hospital do Coração o seu primeiro emprego. Também foi nessa época que resolveu cursar graduação. Do Hospital do Coração foi para o Hospital da Unimed, onde ficou nove anos.
“Eu estudava de dia e trabalhava à noite, me formei e fui convidada para a oncologia, área na qual me especializei, vindo a coordenar o setor”, conta.
Só que em 2017 a vida de Mara teve uma virada: ela foi uma das últimas chamadas de um concurso público para a Secretaria de Saúde de Balneário Camboriú. Foi contratada para a Unidade Básica de Saúde Central, na rua 1500, onde está até hoje.
Referência no tratamento de feridas
Mara constatou a necessidade do tratamento de feridas observando o grande número de pessoas que procuravam a unidade com lesões crônicas, que não recebiam o olhar e o acompanhamento que precisavam.
“Comecei a me envolver, a estudar e a me dedicar cada vez mais ao tratamento de feridas, fazendo o possível para que o paciente tivesse numa unidade pública um tratamento o mais parecido possível com o que ele receberia se tivesse um plano de saúde.” Inclusive, a UBS Central foi a primeira unidade da cidade a ter uma enfermeira exclusiva para esse tipo de atendimento. Essa realidade diferencia a unidade de saúde também em âmbito regional. “Hoje possuímos as coberturas especiais para tratamento das feridas, o qual foi uma conquista muita almejada, nosso próximo passo seria ter um centro de referências no tratamento de lesões no município”.