Um desentendimento entre patrão e empregada de Itajaí foi parar na justiça com acusações de ambos os lados. O empresário, de 51 anos, foi acusado de assédio sexual e também responde a um processo trabalhista. A funcionária conta que foi contratada de forma irregular, sofreu assédio sexual e o empregador fez da vida dela “um inferno”.
O empresário conta que conheceu a mulher através de uma agência de serviços porque estava em busca de uma assistente pessoal e cuidadora – ele é autista. A mulher, então, começou a prestar serviços ...
O empresário conta que conheceu a mulher através de uma agência de serviços porque estava em busca de uma assistente pessoal e cuidadora – ele é autista. A mulher, então, começou a prestar serviços no dia 28 de julho. Suas principais funções eram organizar a agenda do patrão, seus medicamentos e consultas médicas, ajudar nas redes sociais da empresa, e eventualmente começou a acompanhar viagens de trabalho.
Não demorou para começarem os problemas. “Ela começou a faltar e dizia que tinha compromissos da filha dela, ou que estava doente. Tenho fotos dela dormindo no escritório, porque disse que estava com dor de cabeça”, conta. Após certa frequência das faltas, o empresário começou a cobrar a funcionária.
“Ela era explosiva, grossa, impaciente. Ela gritava, mas deveria saber lidar comigo, porque foi contratada sabendo que eu sou autista, e é pedagoga”, relata o homem. A mulher não chegou a ser contratada oficialmente, mas usava um crachá com seu CNPJ, o cargo “supervisora de marketing”, além de se colocar como “business partner” (sócia).
Com as cobranças, a funcionária pediu demissão no dia 2 de outubro e no dia 16 iniciou o processo trabalhista, alegando também assédio sexual. Segundo a mulher, o patrão estaria se apresentando como seu esposo, a perseguindo na academia, e cita que em uma das viagens de trabalho ele reservou apenas um quarto para os dois.
O empresário confirmou que na primeira viagem de trabalho reservou apenas um quarto, mas que deixou a funcionária dormir na cama e foi dormir no sofá da recepção porque “já era de casa”.
Após a acusação, o empresário conta que tem recebido mensagens de contatos aleatórios todos os dias o atacando o chamado de assediador e “tarado”. “Estou sofrendo assédio moral público”, diz.
Questionada pelo DIARINHO, a ex-funcionária disse que está movendo um processo trabalhista e não tem nada a declarar: “tudo será declarado perante o juiz”, afirma.