Referência

Franchesca Aurora usa a psicologia para empoderar pessoas como ela

Profissional trans é referência internacional no atendimento a pessoas transgênero nos seus processos de descobertas e transição

O atendimento e a orientação oferecem aquilo que ela não teve no passado

(Fotos: Maycon Santos e arquivo pessoal,)
O atendimento e a orientação oferecem aquilo que ela não teve no passado (Fotos: Maycon Santos e arquivo pessoal,)
miniatura galeria
miniatura galeria

Exuberante, inquieta, antenada com tudo o que acontece à sua volta e com garra pra tornar o mundo um lugar melhor de se viver. Esta é a psicóloga Franchesca Aurora, uma mulher trans que se tornou uma profissional referência no atendimento a pessoas transgênero nos seus processos de descobertas e transição. Com seu trabalho na área da psicologia, ela atende presencialmente e on-line pessoas do Brasil e exterior que buscam a própria identidade. Franchesca oferece hoje o que não teve no seu processo de transformação: o acompanhamento de profissionais que a compreendessem e a orientassem.

Franchesca percebeu que não se identificava com o gênero ao qual pertencia biologicamente aos três anos de idade. Cresceu sendo tachada de “bichinha”, “boiolinha” e tantas outras expressões pejorativas e preconceituosas. Na adolescência se definia como gay, embora tivesse já uma vaga ideia do que era uma mulher transgênero. Mas foi só na vida adulta que ela se viu realmente uma mulher trans, gênero ao qual se identificou completamente e que lhe deu a realização que procurou a vida inteira.

Continua depois da publicidade

Ela começou sua transição aos 26 anos tomando hormônios. Nessa época também fez procedimentos e cirurgias estéticas. Apesar de não descartar a realização da cirurgia de redesignação sexual, essa não é uma prioridade. Franchesca concorda que se ela tivesse se identificado como uma mulher trans mais cedo, tudo teria sido mais fácil. E é isso que defende em suas palestras e artigos publicados. 

Ela foi uma das palestrantes do 1º Encontro de Combate a LGBTfobia – aspectos jurídicos e sociais, no auditório da OAB de Itajaí, na noite de 15 de maio.

“O processo de transição foi bastante longo e confuso porque eu não tinha informações de outras pessoas trans. Tudo o que eu encontrava na literatura, televisão, cinema, eram coisas criadas por pessoas cisgênero e essas informações não davam conta de explicar o que eu sentia. Foi somente tendo contato com pessoas trans que consegui perceber que sou e sempre fui uma mulher trans”, explica.

No entanto, pode-se dizer que a vida de Franchesca sempre foi mais fácil do que a grande maioria das mulheres trans. Ela contou com o incondicional apoio da família e amigos, teve diversas formas de expressar a mulher que havia dentro dela por meio da música, interpretação, e até do ativismo social. “Eu sempre fui a Franchesca pelo meu modo de ser e me expressar, mesmo sem saber que ela sempre esteve dentro de mim”. Ela também conseguiu seguir um caminho que geralmente não é seguido pela grande maioria das mulheres trans, que envolve drogas, violência, prostituição, vida nas ruas.

“Sofro ainda muito preconceito e transfobia nas redes sociais, nas ruas, mas não caí no lugar da extrema vulnerabilidade. Entendo que faço parte da estatística de que mulheres trans podem viver até os 33 anos, mas já estou num lugar diferente”, diz. Franchesca comemora o fato de estar formada, bem colocada profissionalmente, ser uma psicóloga de referência no meio trans, no Brasil e no exterior. “Eu ainda sofro muito, mas também já conquistei muito,” conclui.



WhatsAPP DIARINHO


Conteúdo Patrocinado



Comentários:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Clique aqui para fazer o seu cadastro.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.


Envie seu recado

Através deste formuário, você pode entrar em contato com a redação do DIARINHO.

×






216.73.216.96


TV DIARINHO


🛣️🏗️ NOVA AVENIDA EM ITAJAÍ! Foi assinada a ordem de serviço pro estudo do Contorno Oeste, avenida de ...



Especiais

Entre a polícia e o tráfico, moradoras do Complexo da Penha ficam com os escombros

RIO DE JANEIRO

Entre a polícia e o tráfico, moradoras do Complexo da Penha ficam com os escombros

Inteligência, participação social e coordenação: como combater o crime sem chacinas

CHEGA DE CHACINAS!

Inteligência, participação social e coordenação: como combater o crime sem chacinas

Nascidos no caos climático

NOVA GERAÇÃO

Nascidos no caos climático

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

CLIMA

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência

ESCALA 6X1

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência



Blogs

Itajaí ganhará em mobilidade com a Contorno Oeste

Blog do Magru

Itajaí ganhará em mobilidade com a Contorno Oeste

Festa da Lu

Blog da Jackie

Festa da Lu

Tem que dizer tchau

Blog do JC

Tem que dizer tchau



Diz aí

"O Metropol era o melhor time do estado. O Marcílio era o segundo"

Diz aí, Anacleto!

"O Metropol era o melhor time do estado. O Marcílio era o segundo"

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

Diz aí, Rubens!

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

Diz aí, Níkolas!

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"

Diz aí, Bene!

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"

“O gargalo que a gente enfrenta é a mão de obra e a qualificação da mão de obra”

Diz aí, Thaisa!

“O gargalo que a gente enfrenta é a mão de obra e a qualificação da mão de obra”



Hoje nas bancas

Capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.