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Um olhar sensível para quem vive o luto no dia dos namorados


Um olhar sensível para quem vive o luto no dia dos namorados
(foto: ILUSTRATIVA FREEPIK)

Junho chegou. As vitrines se enchem de corações vermelhos, as redes sociais transbordam declarações apaixonadas e a publicidade nos lembra, de todas as formas, que o Dia dos Namorados está próximo. Para muitos, essa é uma data de celebração. Mas para quem perdeu o grande amor da vida, seja por morte ou por uma separação definitiva, esse período pode se transformar em um gatilho profundo de dor e saudade. Se este é o seu caso, saiba: sua dor é legítima.

Perder alguém que amamos profundamente é uma das experiências mais desafiadoras da existência. É o luto por quem esteve ao nosso lado nos planos, nos hábitos, nas conversas silenciosas e nos gestos cotidianos. Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), compreendemos o luto como um processo único, que envolve pensamentos, emoções, comportamentos e reações físicas. Não existe um jeito certo de viver essa dor — mas existem formas mais saudáveis de atravessá-la.

Neste período, é comum que memórias venham à tona com mais força. A ausência se torna mais evidente. E, muitas vezes, surgem pensamentos dolorosos como “nunca mais vou ser feliz” ou “essa data perdeu o sentido para mim”. A TCC nos ensina a identificar esses pensamentos automáticos e, com o tempo e cuidado, reformulá-los. Não para apagar a dor, mas para conviver com ela de forma menos paralisante.

Permita-se sentir. Não se cobre por não estar bem. Tristeza, saudade, raiva e até momentos de alívio ou confusão são naturais. Suprimir emoções pode prolongar o sofrimento. Criar pequenos rituais simbólicos pode ajudar: escrever uma carta, acender uma vela, relembrar com carinho ou até mesmo escolher um novo significado para a data. Você pode, por exemplo, transformar o dia em um momento de autocuidado ou em uma homenagem silenciosa àquele amor que marcou sua história.

Também é importante manter algum nível de conexão com outras pessoas. Conversar com alguém de confiança pode aliviar o peso. Mesmo que a vontade inicial seja se isolar, a presença do outro, ainda que discreta, pode ser reconfortante. E, acima de tudo, se sentir que a dor tem sido difícil demais de suportar, considere buscar ajuda profissional. O luto não tem prazo, mas quando ele impede a vida de seguir em frente, pode se transformar em luto complicado.

A psicoterapia oferece um espaço seguro para você ser acolhido sem julgamentos, onde é possível reconstruir sua história, dar novos significados à ausência e, pouco a pouco, reencontrar sentido na vida. Neste Dia dos Namorados, o amor pode estar na lembrança, na saudade, no silêncio ou até no gesto de cuidar de si. O amor vivido permanece em nós — e, mesmo na dor, é possível aprender a seguir adiante, com respeito ao que passou e esperança no que ainda pode ser vivido.

Você não está sozinho. E sua dor merece ser acolhida com todo o cuidado que um grande amor deixou em você.


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