JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Paulo Maes dá adeus a União Brasil
(foto: divulgação)
Surreal? Paulo Maes deixou o União Brasil pra aceitar convite do MDB e ocupar cargo no governo do little Jorginho Mello do PL
Quem deu um rasante na choupana nesta segunda-feira foi o presidente do União Brasil pexêro e secretário de Governo do prefeito barbudinho Volnei Morastoni (MDB), Jean Sestrem, para bebericar um café e falar de política com este socadinho escriba.
Como vão as coisas
Sestrem diz que está se dividindo entre construção partidária, governança e governabilidade. Completando 25 anos de política pexêra este ano, deve, depois das eleições, se afastar do tema que tomou sua agenda por metade de sua vida.
Governo
O bagrão, que faz par com o pulso de ferro, o secretário da Fazenda Érico Laurentino, na condução das duas pastas que interagem com as secretarias de ponta para fomento do governo, afirma que ambos têm se desdobrado para dar conta da agenda frenética do barbudinho na manutenção das contas públicas em tempos difíceis.
Receita
“O porto nos dava uma margem de crescimento de arrecadação anual constante, que propiciava inovações mais impactantes para a cidade. Esse arrefecimento nos colocou numa realidade mais lenta em termos de crescimento, como também trouxe problemas para várias classes que dependem dessa movimentação diretamente”, fala Sestrem.
Politização
“Quando uma agenda que afeta tantas pessoas vira pauta eleitoral, a tendência é que fique à margem da eficácia, o que nos entristece a todos. O governo federal, que está em pleno funcionamento político e administrativo, precisa entender a importância de Itajaí para o Brasil. Devemos esquecer um pouco as diferenças eleitorais quando uma fonte importante de trabalho e de economia sangra. Todos perdem”, defende Jean.
E o União?
Perguntado se o União Brasil já escolheu seu caminho em 2024 e com quem vai andar, Sestrem reafirmou a pré-candidatura como consolidada de Márcio Dedé. “Não tem como em uma virada geracional ignorar a força e a juventude do Dedé para o trabalho e realizações. A renovação com experiência é o que Itajaí precisa aos olhos de muita gente que o reconhece como representante. Acreditamos em sua vitória e na sua capacidade”, acredita o bagrão do União Brasil.
Unidos?
Questionado sobre a relação dos partidos que compõem o governo e a possibilidade de unidade para a eleição, Sestrem diz que não é a hora para discutir isso. As convenções vão até agosto. Tem muita água para rolar, segundo ele.
Compor
Jean fala ainda que os partidos agora têm gastado suas energias pra compor uma nominata que reflita seu caráter e pensamento coletivo. Será preciso muita qualidade para entregar bons representantes com essa redução drástica de vagas nos partidos e aumento da meta de votos, atendendo à demanda de renovação da sociedade.
Cutuquei
Este abelhudo escriba não poderia deixar de bispar sobre o que o bagrão achava de uma candidatura que podemos chamar de “exótica” do manda brasa pexêro. Em meio a risadas, Sestrem concorda ser exótica e que por isso mesmo acompanha com interesse científico, pois ela desafia a lógica.
Ousado
O corpo diretivo atual do MDB de Itajaí é jovem e arrojado, apesar de ser uma sigla tradicional. Uma candidatura dessa natureza é uma tentativa de inovação. Não podemos negar. Mas quem vai reagir e responder de fato é o eleitor. O líder maior do MDB pexêro é o prefeito Volnei, que até onde sei, aprova, respeita e apoia a iniciativa.
Certeza
Jean responde que conhece o prefeito e que tem certeza que ele fica feliz que pelo menos três partidos de sua aliança tenham pré-candidatos. Óbvio que isso aumenta as chances de uma sucessão, se com maturidade e humildade lá na frente souberem respeitar o legado positivo não só do mandato, mas da vida dedicada do prefeito e sua família à cidade.
Líder
O bagrão do governo lembra que o prefeito Volnei é uma liderança importante e que escreveu no coração de muita gente uma história exitosa. Apesar de sempre enfrentar grandes dificuldades e oposições até cruéis em alguns momentos, podemos dizer.
Legado
Jean diz que duvida que os erros que qualquer gestor comete supere um legado de tantas realizações e justiça. A história é desproporcional só no calor do momento, e o tempo coloca tudo no seu devido lugar.
Prestar contas
O chefão do União Brasil e secretário adverte que, “querendo ou não 2024 é um ano de prestação de contas de um trabalho de oito anos e de um projeto de mais de 40 anos dedicados a Itajaí. Temos obrigação de entregar o melhor de nós coletiva e individualmente, para honrar as oportunidades que todos recebemos do prefeito Volnei”.
Família
Foram as ideias dele e da esposa dele, dona Nausicaa, que contribuíram muito para tantos avanços que tivemos no campo da saúde principalmente, acentua Jean. “Não é só o prefeito. A família inteira é engajada na política e na saúde pública. A vida deles nos motivou e mobilizou. Esse respeito é imperativo para quem conseguiu com eles se tornar viável politicamente”.
Atritos?
Indaguei Jean sobre os burburinhos que dão conta de que o União Brasil teria entrado em rota de colisão com o MDB pelo fato da saída de Paulo Maes para filiação no manda brasa. Paulo acabou exonerado do cargo e Airlon Jacques teria assumido seu lugar. Até que ponto isso afeta a relação entre MDB e União?
Caminhos
Sestrem deixa claro que a política é para alguns um jogo de tensão constante e para outros é agenda de trabalho. “A saída do professor Paulo Maes foi uma surpresa para nós. Eu fui informado pelo presidente do MDB que Paulo tinha se filiado no partido, não pelo Paulo, que tinha uma relação estreita conosco de cumplicidade e ideias”.
Como assim?
“Eu e Dedé estranhamos o comportamento e convidamos o professor para uma conversa. Quando o indagamos, ele disse que tinha tomado essa decisão pois haviam lhe oferecido uma oportunidade melhor”, conta Jean.
Projeto
Jean fala que Maes justificou a sua saída silenciosa dizendo que tinha recebido um convite do MDB para ocupar um cargo na Fesporte estadual no governo Jorginho Mello do PL, e que não queria causar nenhum constrangimento, mas precisava aceitar. “Respeitamos felizes e desejamos sucesso. Jamais faríamos qualquer oposição ao sucesso de um quadro”, reafirma Sestrem.
Vida que segue
“Com isso, obviamente nosso partido, que através dele vinha construindo uma relação com a comunidade do esporte da cidade, solicitou ao prefeito a manutenção dessa oportunidade. O prefeito entendeu ser justo e manteve o espaço à disposição de nosso partido. Pelo menos nesse nível, não enxerguei conflito ou atrito. Nem teria lógica sendo que Paulo estaria de partida para o governo do estado”.
Substituto
Já sobre a nomeação de Airlon, Sestrem diz que confirma a vontade e prioridade de manter o relacionamento com a comunidade. “Itajaí tem ótimos quadros nesse tema, porém, política pública é algo um pouco mais complicado”.
Caiu do céu?
Airlon já esteve à frente da FMEL, tem experiência social na temática e problemas de outra ordem, amplamente divulgados na época, fizeram com que ele não pudesse dar continuidade ao que começou. É um agente político que se prepara, estuda, é do meio e tem boas ideias.
Dependência
A grande verdade é que as últimas gestões à frente da FMEL não priorizaram implantar um fundo condizente com a demanda do esporte. Problemas de ordem fiscal e jurídica causados por falta de prioridade deixaram a FMEL numa espécie de Serasa público nacional, impedindo a fundação de avançar com articulação e fomento de recursos externos, amarrando suas ações ao orçamento ordinário.
Topou
“Airlon nos apresentou proposta, vontade e ideias para avançarmos nesse sentido, o que contemplou a necessidade da FMEL em ampliar seu acesso a recursos para potencializar o fomento ao esporte da cidade. O prefeito Volnei e nós esperamos isso dele e vamos tanto ajudá-lo, como cobrá-lo para que isso aconteça”, justificou Jean. Então tá, a coluna deseja sucesso.
Exótico
Aliás, por escrevinhar sobre candidatura exótica, a nossa eterna biruta de aeroporto, ex-vereador e arquiteto Tito Arruda, vivenciou ao vivo e a cores o drama, ao almoçar na Beira Rio, na city pexêra. Tito estava enchendo a pança quando chegou o Chiodini, acompanhado do presidente do MDB em Itajaí, o príncipe consorte Wilson Rebello Júnior, o Rebelinho.
Cara de exótico?
Rebelinho foi lá convidar o Tito pra conhecer o Chiodini. Consta que além de não se levantar da mesa, Chiodini, que parecia ter o rei na barriga, nem esboçou um sorriso. Convenhamos, questão de humildade, civilidade, simpatia, cordialidade e respeito por um senhor de 68 anos.
Aqui a gente corta...
Tito, então, esboçou um sorriso e cumprimentou o Chiodini, o chamando de “exótico”. Rebelinho não perdeu tempo e respondeu que “exótico” ajuda e Tito lascou que “mas aqui a gente corta...” Oh, dor!
Diz que socadinho não sabe contar...
Aliás, leitores da coluna cacetearem o lombo do escriba, nesta segunda-feira, dizendo que preciso retomar pras aulas de matemática e aprender a contar, já que não tinha e nem cabiam 2 mil pessoas no evento de mudança de domicílio eleitoral do Carlos Chiodini, no Tiradentes, na noite da última sexta-feira.
Zarolho, eu?
“Não cabem 2000 pessoas no Tiradentes, JC, dá um tempo”, lascou um leitor da coluna, dizendo que, no máximo, tinha 400 pessoas. Chegaram a questionar o senso de percepção deste, perguntando se estou zarolho e não enxergo direito... Pelo amor do santo padre, arreda, raça de infelizes!
Detector de metais nas escolas
Medidas para o combate à violência nas escolas estão em pauta no Congresso Nacional, dentre elas o uso de detectores de metal na entrada de instituições de ensino. A proposta que está sendo analisada pelos deputados federais é uma iniciativa do Grupo de Trabalho contra a Violência nas Escolas, coordenado pelo deputado federal Jorge Goetten (PL).
Botão do pânico
O projeto também traz outras medidas, como a instalação do “botão do pânico” a ser acionado em situações de emergência. Goetten explica que as ações fazem parte de um plano elaborado pelo Grupo de Trabalho. “Entendemos que nenhuma medida isolada vai evitar tragédias, mas o conjunto delas pode evitar mortes de inocentes”.
Combate à violência
Outros dois projetos para prevenção de ataques nas instituições de ensino estão sendo analisados e debatidos pelos parlamentares. Um deles propõe a criação de uma política nacional de combate à violência nas escolas e o outro a oferta de mais psicólogos na rede pública de ensino.
Ataques recentes
Na última semana, uma instituição de ensino de Ibirama, no Alto Vale do Itajaí, foi alvo de um jovem que tentou entrar com uma faca, mas foi impedido pela Polícia Militar. Ainda, no Distrito Federal, um adolescente armado com duas facas feriu três colegas, um professor e uma monitora.
Tragédia evitada
“Com o detector de metais, essas situações podem ser identificadas antes de uma tragédia maior”, comenta o deputado Goetten. Os projetos já tiveram a urgência aprovada e podem ser votados pelos deputados federais a qualquer momento. Depois, seguem para análise do Senado Federal.
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