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O que pretende Periquito?!
Decisão da 56ª Zona Eleitoral de Balneário Camboriú concedeu Direito de Resposta ao candidato Edson Periquito nas páginas do DIARINHO. Por entender descabida e injusta tal decisão, pelos motivos que expomos a seguir, recorremos ao TRE. Ontem, o Tribunal suspendeu a publicação do mesmo, liminarmente, até que seja analisado o mérito.
Em primeiro lugar, nos causa espanto que o candidato Edson Periquito tenha requerido à Justiça o que nós ofertamos livre, gratuita e espontaneamente em nossas páginas: espaço para responder perguntas e formular outras a seu opositor, Rubens Spernau, no caderno MMA dos Prefeituráveis de Balneário Camboriú.
Não só ofertamos o espaço e convidamos o prefeito, como demonstram e-mails reproduzidos nas páginas 13 e 14 desta edição, como fizemos reiterados contatos telefônicos reforçando o convite caso haja autorização da Justiça, pode ser quebrado o nosso sigilo telefônico para conferir que estamos falando a mais pura verdade.
Numa das ligações, o prefeito, ao conversar com o jornalista Claudio Eduardo, num tom bastante agressivo diz, textualmente: Não vou participar porque a coligação não acha conveniente. Não vão ser vocês que vão pautar a minha campanha!
Nossa intenção, com a publicação da entrevista, que em nenhum momento se propôs a ser debate ou pautar a campanha de ninguém, era confrontar os candidatos a fim de promover discussões sobre o futuro de Balneário Camboriú.
Idêntica proposta foi publicada em outubro do ano passado, com os então pré-candidatos à prefeitura de Itajaí, Níkolas Reis, Deodato Casas, Luiz Carlos Pisseti e Jandir Bellini o último, na ocasião, rejeitou o convite porque entendia que naquele momento ainda não era candidato à reeleição, mas tão somente prefeito e, por isso, preferia não falar. Com a recusa de Jandir, o MMA foi publicado com os outros três pré-candidatos de Itajaí.
A simples recusa de um participante, seja Bellini ou Periquito, não invalidou a proposta do MMA. Ao contrário. Participaram os que tinham vontade, coragem ou algo a dizer. Não pretendemos, com isso, proteger ou privilegiar ninguém.
O espaço é ofertado para o debate de ideias, mas cabe aos candidatos decidir o que lhes é conveniente. E cabe a nós, enquanto veículo de comunicação, contar aos leitores de maneira clara e objetiva sobre a recusa ou o aceite da participação. Sem julgamentos ou juízo de valor. Informação pura!
Entendemos que nossa participação no processo eleitoral se dá através do material jornalístico de qualidade feito pelos nossos profissionais e publicado diariamente em nossas páginas. Desta forma, oportunizamos ao eleitor que tenha senso crítico para votar de maneira consciente.
Rubens Spernau prontamente aceitou o convite. Já o candidato Periquito, primeiro, não atendeu várias ligações feitas pelo DIARINHO ao seu celular pessoal. Passamos, então, a procurar seus assessores (e-mails reproduzidos nas páginas 13 e 14 de hoje). O jornalista Fabian Lemos, ouvido por nossa equipe por telefone, passou a bola ao assessor de campanha Edson Maba. Maba conversou com a equipe do DIARINHO várias vezes, sempre repetindo que a estratégia de campanha de Periquito não achava conveniente participar deste tipo de entrevista.
O prefeito, alegou por último Maba, preferia um debate. Explicamos que os formatos de debates não funcionam em jornais impressos, mas em rádio e TV, sendo que nossas entrevistas seguiriam a fórmula do Caderno Entrevistão, publicado sempre aos sábados.
Finalmente, enviamos as regras e o formato da entrevista, por e-mail, aos assessores de Periquito. Nada adiantou. Houve novas negativas. O prefeito Periquito avisou novamente: não participaria e ponto final.
Na edição do dia 25 de julho, o DIARINHO noticiou em sua edição impressa e on line a recusa do prefeito. Na ocasião, avisou aos leitores que a entrevista, com ou sem a participação dele, seria publicada na edição de fim de semana, dia 28 de julho. E assim foi feito.
Publicada a entrevista com o único participante, Rubens Spernau, eis que, dias após, recebemos notificação da Justiça Eleitoral. Surpresa geral. Os advogados de Periquito diziam que ele, pasmem, na verdade, queria participar da entrevista, mas não o fez porque aguardava o envio das regras.
Mentira!
O prefeito e seus assessores falaram e repetiram à exaustão, durante toda uma semana, que Periquito não participaria de jeito algum da entrevista.
O arrependimento e a perseguição
Provavelmente, o prefeito arrependeu-se da decisão depois da publicação da entrevista. Aí, resolveu inventar uma versão fantasiosa para a sua não participação, dizendo que não foi convidado. E mentindo denegriu toda uma equipe de profissionais que tentou, inutilmente, durante toda uma semana, que ele participasse da entrevista. Atitude, pra dizer o mínimo, infantil.
De toda forma, o DIARINHO, democrático como sempre foi, de bom grado se dispõe a publicar as respostas do prefeito às perguntas que ele não quis responder. O espaço está aberto. Não precisa de ordem judicial.
Nosso interesse, reiteramos, é informar o nosso público.
No mais, vamos aguardar a decisão definitiva da Justiça, seja ela qual for, com a certeza de que fizemos honestamente o nosso trabalho.
Nunca é demais repetir: o DIARINHO não tem preferência por candidato algum e tampouco persegue o prefeito ou qualquer candidato. Quem acompanha nossas páginas sabe que, aqui, Periquito sempre teve espaço para pronunciar-se, seja enquanto prefeito ou candidato.
Estranhamente, contudo, a estratégia do prefeito e candidato tem sido pronunciar-se quando entende conveniente, tal como na matéria publicada na última quinta-feira, que informa que ele é o líder em pesquisa eleitoral da Univali/IPS. Nesta matéria do DIARINHO, Periquito prontamente atendeu à reportagem e fez declarações enaltecendo o seu mandato.
Já nas matérias que ele julga inconvenientes, alega que prefere não se pronunciar. Tática? Pode ser. Afinal, ele está cercado por renomados estrategistas políticos.
Nossa equipe tem a consciência tranquila. Aqui ninguém inventa complôs mirabolantes para justificar despreparo, seja emocional ou profissonal. Preferimos trabalhar com a verdade factual em nossas páginas. Ainda que ela desagrade ou incomode.
Assim, seguimos sempre em frente.