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A voz do político
A recente democracia isso se olharmos desde os gregos favorece a uma fisionomia mais popular. O político tem que ser povão. Entretanto, em outra época a classe política era de pessoas digamos magníficas, de pessoas que eram condicionadas de ricas, pois davam e prometiam; e também imperiosas por causa de sua energia e de sua coragem. Embora que os nossos políticos recentes precisam muito mais que prometer, o que vimos hoje é a necessidade de uma bela voz para radiodifusão, fisionomia alegre, romântica, saber beijar as crianças durante as campanhas eleitorais, estar com a família em lugares públicos, ser do povo, servir ao povo e saber resolver problemas.
Contudo a liderança política não nasce com transposição de votos. Não nasce com poder econômico. Que possui liderança política esse sim é um líder político, e cabe ao líder formar sua elite. Uma elite política. Ao olharmos para a presidência da República, existe a falta dessa elite política que é formado por um grande líder. O líder tem que ter instinto para mandar, a aptidão para realizar seus objetivos, o líder possui qualidades e habilidades para controlar e equilibrar os que estão a sua volta, enquanto continua exercendo o poder político. Além de saber mandar e ter aptidão é preciso ter a oportunidade.
A realidade política brasileira mostra diversos parâmetros. Quando pegamos um jornal e vimos os problemas no governo Dilma, é o que podemos dizer de certa forma a herança maldita do presidente Lula. Dilma ganha uma eleição e a faixa presidencial sem a construção de sua elite política. Contudo, os políticos são capazes de derrubarem seus próprios colegas só para ver a fatia do bolo dividida. O governo Dilma vai vivendo seus momentos de crise e ela vai cada vez mais agindo tecnocraticamente. Logo evitando o diálogo político entre os próprios políticos.
Depreendo que a confusão dos transportes demonstra o quanto fazer política ficou fora de moda. Pois é mais fácil agir dedocraticamente que perder minutos em diálogos com lideranças de partidos. Ao Partido da República resta fazer barulho e lidar com os escândalos. Se o PR sai do governo pouca coisa muda. Porém, o momento expressa a fragilidade da presidente. Entretanto, não é só na presidência que acontece essas coisas. Em nossos municípios temos muita gente sem elite política. Às vezes com bons padrinhos. Por fim, a voz que a política usa nem sempre é pra ser ouvida, apenas compreendida.