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Com menos teoria e com muito menos prática


Com a recente vinculação da imagem do estudante dentro de uma panela durante o seu banho, e os comentários sobre a atitude me levaram a refletir o que é uma teoria e uma prática em nossa época. Tendo em vista que falar é fácil e fazer é difícil. Eu tomei conhecimento do assunto através de Bárbara Lima, a qual me impulsionou a recorrer livros para entender e enxergar como anda a teoria e a prática em nosso país. Doravante, minha pesquisa foi limitada, porém, ao olhar dos filósofos e sociólogos clássicos, a reivindicação de direitos não se dão dentro de uma panela. Aos que me lembrarem que pode ter sido um ato “artístico”, o restaurante universitário não nenhum festival.

Durante a graduação passei um semestre estudando ‘filosofia da libertação’, foram longas discussões embasadas em nomes como Juan Bautista Alberdi, Enrique Dussel e Osvaldo Ardiles. O que ficava em pauta era se existia uma filosofia latino-americana. Segundo esses pensadores citados o nosso pensamento latino existe dentro das vias como: a historicista, a geocultural e a geopolítica. Por conseguinte, o pensamento próprio latino-americano possuiu duas balizas centrais: a confrontação crítica com a tradição filosófica européia e a vinculação necessária da filosofia com a práxis de libertação. Por fim, pode sim existir um modo de filosofar estreitamente vinculado à realidade histórico-social da América Latina.

Embora que, os que hoje falam em revolução só pensam no que dizem/falam de Marx. Pois, para seguir é preciso produzir (academicamente) e reproduzir (humanitariamente). Remeto o pensamento marxista pelo fato de ele ficar em alta numa hora dessas, em que os estudantes pensam que estão salvando o mundo. Afinal, se uma criança não pede comida não existe motivo para os pais forçar. Ou seja, quem sente a dor que deve ir ao médico e não os sensibilizados com o paciente. Portanto, o pensamento de Marx passa por dimensões: filosófica (materialismo dialético); sociológico (materialismo histórico); econômico (mais-valia e fetichismo da mercadoria) e político (revolução de classes sociais). Por fim, a sua teoria vem na tentativa de substituir uma sociedade burguesa por uma sociedade socialista. Eis um grande erro que não é percebido em nossa realidade, sem sociedade burguesa não existe Marx.

Depreendo, que atualmente é preciso estar informado intelectualmente caso queira levar adiante uma “revolução”. É preciso primeiro fazer uma revolução dentro das salas de aulas e diante dos livros. Deixar de pensar e refletir numa época de tantas oportunidades (internet) é querer fazer barulho e só barulho. Lembro-vos que sou favorável a uma sociedade critica e contra os indivíduos cítricos. Logo, tanto na Europa quanto na América Latina o pensamento teórico existe, contudo, a prática não deve ser de séculos passados. É preciso de mais livros e estudos e menos novelas e fofocas.


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