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Balneário Camboriú: apesar do passado e além do futuro


Faz um bom tempo que tenho refletido sobre o futuro de nossa cidade, e da responsabilidade que temos em entregar para as futuras gerações um ambiente, no mínimo, com a mesma qualidade que recebemos, incluindo-se aí a preservação de nossos recursos e belezas naturais. Tenho a plena convicção que o ritmo da construção civil obrigatoriamente terá que diminuir, sob pena de inviabilizarmos nosso futuro, mas também sempre me atenho ao fato de que esta não é e não será uma tarefa simples, muito pelo contrário, visto que nossa economia está quase toda alicerçada na construção civil. Neste contexto, como gestores públicos – provedores do bem comum - precisamos incentivar o desenvolvimento de uma nova matriz econômica, que nos dê condições de viabilizar economicamente a cidade em longo prazo, de maneira responsável e sustentável. O grande desafio reside na necessidade de fazermos isso tudo de forma a não criarmos traumas em nossa economia, dentro de uma transição positiva. Em alguns dias iniciaremos a discussão de revisão do plano Diretor, depois do congelamento de novos projetos, medida importante e necessária, a ser concebida tendo como princípios a ampla participação popular e o controle social. Talvez esse seja o trabalho mais importante que eu tenha me envolvido até hoje em nosso município. As pressões já são enormes, e deverão aumentar, pois além de compreender a gama de interesses que tal ação envolve, sei também das dificuldades e da responsabilidade que terei, pois o caminho para uma nova matriz econômica não é fácil de ser trilhado, mas de antemão adianto que já existe certeza em nossa equipe: a indústria da construção civil deverá diminuir seu ritmo, sob pena de comprometermos o futuro das próximas gerações. Muitas pessoas nos questionam, por que proibir a entrada de novos projetos e iniciarmos uma nova discussão acerca do Plano Diretor se nossa cidade está indo muito bem? Está indo muito bem, é verdade, prova disto é o reconhecimento oficial como a primeira em qualidade urbana no país, além de sermos o município que proporcionalmente mais investe nas pessoas no Sul do Brasil. E justamente nesses casos é que se reconhece um grande administrador, alguém que administra para gerações e não para eleições, pois é nesse sentido que o Prefeito Edson Piriquito tem se pautado e assim espelhado a atuação de toda equipe de governo. A criação de mecanismos mais claros no Plano Diretor, que aliem efetivamente o nosso desenvolvimento com sustentabilidade, somados à diminuição do ritmo da construção civil e ao início da transição de matriz econômica são medidas que surtirão efeitos daqui alguns anos, por hora não sentiremos seus impactos, mas se forem bem conduzidos, evitarão uma deteriorização irreversível de nossa qualidade de vida em poucos anos. Acima de tudo, é uma decisão de responsabilidade com nossa qualidade de vida, por isso concordo e apoio plenamente a decisão tomada pelo Prefeito Edson Periquito, que nossa história haverá de reconhecer.

*O autor é Engenheiro Civil formado pela FURB, secretário Municipal de Planejamento Urbano de Balneário Camboriú e presidente do Conselho Municipal da Cidade


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