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Pirão Catarina: musica itajaiense para todos os gostos
Pela primeira vez reunidos em um único CD, 16 grupos e intérpretes itajaienses expõem seus respectivos trabalhos no disco Pirão Catarina. O título é homônimo ao programa da Univali FM, o qual lhe deu origem. Pirão Catarina está no ar desde março de 2000, sob a batuta da jornalista e professora Liza Lopes Corrêa, com produção de acadêmicos do curso de Jornalismo da Univali. É Liza quem abre a apresentação do álbum escrevendo - tem rock, tem pop, tem reggae, tem MPB O CD Pirão Catarina edição Itajaí apresenta uma amostra do que há de melhor na produção musical catarinense, mais especificamente na cidade de Itajaí.
O álbum foi lançado oficialmente no início de dezembro de 2010, no auditório do porto de Itajaí, durante show ao vivo que contou com a participação de alguns cantores e grupos que integram essa obra histórica. O disco tem o apoio do porto de Itajaí, fundação Cultural de Itajaí, Univali, Lei de Incentivo à Cultura, prefeitura de Itajaí e cursos de Comunicação Social da Univali.
Em síntese, é resultado de várias edições de um programa que se dispõe a abrir espaços para o talento local. Traduzida em CD, essa versão peixeira do Pirão Catarina é também um marco pioneiro na história da culinária musical catarinense. Reflete igualmente o pensamento da Univali FM ao dar espaços a estilos musicais heterogêneos, onde o que mais importa é a qualidade. A água foi fervida, a farinha acrescentada e a mistura ficou pronta. Agora, o pirão está sendo servido para ficar na história da música de Itajaí, de Santa Catarina e do país. À mesa, para nosso deleite, os acordes do primeiro volume do CD Pirão Catarina e o primeiro belisco é do grupo Tarrafa Elétrica interpretando, de Evandro Che Marquesi, a música Catarina.
Na sequência, Nego Joe compôs e canta Um ser só. Amanhecer é de Carlinhos Niehues e quem a canta é Louise Lucena. Depois, com Luciano Silva - composição de Mano Baptista, Marina.
O CD Pirão Catarina reservou espaço ainda para a música instrumental de Arnou de Mello, com ele no baixo fratless, em Itajaí, ares e mares, seguida da Marcha do Estacatinho, com o grupo Samburá. Na linha do pop rock, a banda Ou3tórya participa com a composição de Daniel Ventura, na música Longa jornada. E Som do coração, composição de Giovani Sagaz e Edson Wessler, tem a interpretação da Banda Edgands. A batida pega mais forte na composição de Marzio Lenzi, Abstinência, interpretada pelos Lenzi Brothers; em Metal rebel, de André Fabian Mees, com a banda Steel Warrior; e ainda, Fugir, com a banda Angeli, composição de Daniela Longaray.
Outras experiências sonoras aparecem na psicodélica Colinas, de Darlan Haussen Martins e Júlio Cesar Mendonça, com Casa de Orates; e no rap Lições que a vida ensina, de João Raimundo Neto, com o grupo Manifesto. O ritmo forte da banda Tribuzana aparece na faixa Estranha força, de Chico Preto e Mario Júnior.
Pra terminar, as músicas Sem eira nem beira, de Luiz Vicentini, e Papa-siri, de Carlos Cória, acompanhado das vozes das crianças do Cau colégio de Aplicação da Univali.
Na verdade, desconheço outro disco com carcaterística local, que tenha incluído em seus acordes tantos músicos, cantores e compositores de uma só vez e com generosa diversidade e tendências. Creio ser um marco na história da música em terra barriga-verde. É o Pirão Catarina litorâneo. E agora é só perguntar: se quéx com peixe, linguiça ou carne seca, afinal sua diversidade permite que seja oferecido assim: pra todos os gostos. Durante 10 anos, alunos do curso de Jornalismo da Univali, liderados por Liza, foram à bica para pegar água e ao engenho, à procura de farinha. Colocaram a água a ferver e a ela juntaram a farinha. O resultado foi o saboroso Pirão Catarina em sua versão musical, prontinho para ser degustado. Agora cabe também a pergunta: se quéx, quéx, se não quéx, diz, ixtepor.
Alberto César Russi
diretor do sistema Educativo de Rádio e TV da Univali
www.univali.br/radio
universomusical@univali.br