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Excelentíssimo V.


– Chamamos para a tribuna o excelentíssimo V. Os passos e junto com os barulhos de papeis.

– Senhor presidente, senhora senadora e senhores senadores. Nós estamos aqui hoje porque ou não estávamos no segundo turno trabalhando ou não conseguiram a reeleição para esta casa no primeiro turno. Os vitoriosos estão de férias. Eu, porém, tenho mais quatro anos na cota. E hoje pela manhã lá no meu estado, em minha casa, que por sinal estava cheia de gente, lembrei-me das três passagens na gaveta. Então vim me solidarizar com vocês senadores – houve poucos aplausos e algumas risadas.

Como podemos perceber esse início é ilustrativo e fictício. Aos que acompanham meus textos nunca se deparam com tal invenção. Agora como você criaria um político virtual? Que trabalho ele desenvolveria? Seria da oposição ou situação? A minha criação é um político de idade, senador, que nunca disputou uma eleição – ocupando a vaga que veio pela segunda suplência, pelo fato dos dois primeiros morrerem em um mês de mandato –, encontrando-se sem partido e querendo fundar o PFP – Partido a Força do Povão. Sendo que na hora dele utilizar a tribuna, o mesmo, busca prestigiar temas inúteis, concluiu com a frase: no Brasil o que sempre faz barulho é o vento que entra pela janela e nunca os ratos do porão.

Caso o excelentíssimo V. viajar essa semana para Brasília – sendo impossível já que foi tão recentemente –, ele irá comentar o caso de racismo do Monteiro Lobato. O que ele diria dizer eu não sei. Entretanto, sou contra o racismo e contra o abuso de interpretação. Por favor, não vamos tirar o Monteiro Lobato e deixar a rainha dos baixinhos como soberana. E por falar em tirar: porque querer continuar [com a palhaçada de] tirar o deputado federal Tiririca, sendo que, o presidente Lula sempre se orgulhou dizer que nunca estudou? Nesse caso é mais fácil o Tiririca permanecer, pois os votos do Tiririca elegeram deputados do PT. E aí meu amigo, quando se toca na ferida o silêncio reina.

Ás vezes as feridas passam de pai para filho, ou melhor, para a “filha”. Falo da CPMF – que se jogar a palavra no Google obterá um resultado aproximadamente de 632.000; faça a busca no You Tube, há muitos vídeos bizarros e esclarecedores. E não é só isso que ela vem herdando do criador. Ela está no mesmo caminho de falar que não sabe de nada – Lula e mensalão –, que no fundo são os governadores que buscam ter o imposto. Para quem defendia o fim do imposto, começou bem. Além do mais, o governo vive apresentando índice de lucros, então, para que um novo imposto se tem dinheiro em caixa? No fundo é uma mágoa ou ferida não estancada do presidente Lula. Ademais, quem diria que a dona Dilma está se esquecendo de ler o famoso Maquiavel. Olha, olha. Não entre num governo falando em impostos.

Depreendo com o senador V., que nesses últimos meses de 2010 irá utilizar o microfone do Congresso para contar os seus fatos de vida. Aquelas longas história do que fez no passado. Pois, em 2011 os mocinhos irão chegar como gafanhotos e leões famintos; não no seu espaço é claro, mas no do vizinho.

José de Souza Júnior

Graduado em Filosofia pela UNIFEBE/Brusque e Mestrando em Ciencias Politica-UFSCar/São Carlos-SP


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