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Procissão não muda o Brasil não traiam de novo


Nossa gente foi pras ruas na campanha das Diretas.

Sonhavam com eleger, com o seu voto, um democrata, decente, estadista, capaz de realizar sonhos de uma Pátria limpa, igual, libertária.

Nossas elites, porém, foram para o Colégio Eleitoral e elegeram o mais desastrado Governo que este país já teve.

Serviçal do regime autoritário, travestido de peemedebista, sem autoridade moral pra nem mesmo nomear os ministros militares, José Sarney, o Imortal, garantiu o regime do “é dando que se recebe”, do populismo barato, dos fiscais da inflação, dos planos econômicos improvisados, das moedas sem lastro, tudo isso embaralhado por uma Constituinte, fértil de direitos e muito pouco sensata quanto aos deveres.

Talvez fosse importante os historiadores e os “estoriadores” contarem a verdade sobre este período triste da vida brasileira.

Até Moratória o Brasil pediu.

O mais grave e o mais deletério, foi que em tal clima, talvez as melhores lideranças do país acabaram desmoralizadas.

Franco Montoro, Ulysses Guimarães, Leonel Brizola, Mário Covas, Jarbas Vasconcelos, Lula, etc., foram trocados pelo aventureiro Fernando Collor.

Nossa gente voltou de novo às ruas, de cara pintada, ancorada na sua juventude admirável.

Felizmente, Itamar, um brasileiro de estirpe, restabeleceu a decência, não acobertou ladrões, garantiu a criação de uma moeda respeitável e deu uma lição de cidadania: Não foi candidato à reeleição, quando até poderia.

Recomposto o país com a Lei de Responsabilidade Fiscal, saneamento do setor financeiro (PROER), política social séria e responsável sob o comando da dona Ruth Cardoso.

Fernando Henrique possibilitou a transferência do poder de maneira democrática ao seu adversário.

Pouco importa que Lula inculto entendesse a crise internacional como apenas uma “marola”.

Valeu que Dilma assumisse a responsabilidade dos novos tempos.

Que cada um justifique seus atos, os seus trinta e nove ministérios, os seus apoiamentos, suas maiorias de balcão, as suas políticas, o seu autoritarismo manifesto nas suas medidas provisórias, nas suas comuns substituições de Ministros que envergonham o país, nas suas visões que negam o seu DNA de libertária, na sua política de concessões ao capital estrangeiro, na desnacionalização da indústria nacional, na privatização do Estado, etc., etc., etc.

Por favor, não nos traiam de novo.

O que anda pelas ruas do Brasil não é uma procissão.

Data vênia, com todo respeito, procissões consolidam, mas não transformam.

Quem viveu a “marcha da Família, Tradição e Propriedade” que ancorou 20 anos de Ditadura, violência, tortura e indignidade?

Perdoemos portanto, os excessos, os despreparados que não soubemos educar, os interesseiros serviçais de todos os partidos e abramos os olhos para a nossa realidade.

Vamos perdoar a inocência de parcela da nossa juventude, inexperiente, que pensa que o problema do transporte público se resume na isenção do ISS, ICMS, IPI, de fundos etc., etc., etc.

Por favor, acordem.

Pensem nesta política de “Casa, comida e roupa lavada”, da indústria automobilística que expolia o país, na Petrobrás, servindo o povo brasileiro, no transporte público.

Pense nisso.

Saudações democráticas,

* O autor é ex-senador


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