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O papa é brasileiro
Parece que os fatos estão confirmando que Deus é brasileiro, provado pela presença do Papa Francisco, Chicão ou Chiquinho, exatamente neste momento grave de crise existencial da gente brasileira.
Obrigado, Senhor!!!
Este admirável papa argentino, ou este admirável argentino papa, está a nos dizer, e ao mundo, coisas importantes que valem a pena salientar no campo da ética, da moralidade.
Salvo pensamento distinto, diz que a batina não faz o padre, que partido não faz o bom político, a toga não faz o bom juiz, e assim por diante etc., etc., etc.
Os positivistas já defendiam a política como filha da Moral e da Razão.
O desafio brasileiro é exatamente reconstruir a dignidade da classe política na sua conduta, na sua postura, no seu comportamento.
Precisamos regenerá-la.
Para perplexidade geral, ocorre que de repente o brasileiro viu, percebeu que o PT não é mais o PT, que o PMDB não é mais o PMDB, que o PSDB não é mais o PSDB, PDT não é mais PDT e assim por diante...
Essa crise de identidade possibilita que coisas antagônicas, discordantes, permaneçam no mesmo conjunto.
Sem fazer juízo de valor que cabe a cada um fazer, e correndo o risco de dar nomes: Sarney, Renan, Luiz Henrique, Pinho Moreira, Paulo Afonso, Jader Barbalho, convivem com Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, Casildo Maldaner e outros...
Delúbio, Dirceu, Genuíno se mesclam com Paim, Vignatti, Décio Lima.
Lupi, Manuel Dias convivem com Cristovam Buarque, Pedro Taques, Miro Teixeira.
Renato Azeredo, Pavan, Yeda Crusius frequentem o mesmo ambiente político que Aloysio Nunes, Fernando Henrique, Serra, Aécio.
Maluf com Esperidião Amin, Ana Amélia Lemos, Francisco Dornelles.
Dar nomes não é tarefa nossa aqui na planície.
Daí a importância do Ministério Público, da Polícia Federal, dos Tribunais de Contas, da Justiça Eleitoral e da dignidade pessoal de cada brasileiro que quiser se considerar decente.
Cada um aceite o risco de fazê-lo.
Saudações democráticas.
* O autor é ex-senador