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O dia dos namorados


Ainda no início da Era Cristã, durante o Império Romano, o Imperador Cláudio II, sob o argumento de que homens solteiros eram melhores combatentes, proibiu o casamento durante os períodos de guerras. Houve um bispo, no entanto, de nome Valentim, que continuou a celebrar casamentos, em segredo. Mas a sua rebeldia acabou lhe custando a vida, pois o Imperador, ao descobrir a desobediência, condenou-o à morte.

Ocorre que, enquanto aguardava a execução, o bispo passou a receber inúmeras cartas e homenagens de reverência, todas partidas de pessoas que ainda acreditavam no amor. Nesse tempo, Valentim se apaixonou por uma mulher cega, a qual, milagrosamente, recuperou a visão. Ao final, escreveu-lhe uma carta de amor, intitulando-se o seu namorado.

Sua martirização (reconhecimento pela Igreja de que a morte se dera por profetizar) ocorreu em um 14 de fevereiro, dia hoje reconhecido mundialmente como Valentine’s Day, ou o Dia de São Valentim. Há outras teorias sobre a origem do dia dos namorados, mas prefiro essa, a de São Valentim, pelo romantismo que a envolve.

No Brasil, a data equivalente é o dia 12 de junho, um dia antes de Santo Antônio, o santo casamenteiro.

Embora a data seja mais uma dessas criadas para movimentar o comércio, eu sinto um carinho especial pelo dia, especialmente porque alguém para mim faz esse dia ter significado ocupando não só a minha vida, mas também a minha casa. E enquanto escrevo esta crônica, estamos há mais de 15 dias a um oceano de distância, mas com a expectativa de passarmos juntos o dia dos namorados brasileiro.

Sempre que nos separamos por compromissos profissionais, o que ocorre com certa frequência, sinto uma estranha sensação de vazio, como se algo em minha volta faltasse. Sentar à mesa para as refeições não dá à comida o mesmo sabor, o vinho se torna um tanto mais amargo e embebece mais fácil. E as distâncias que percorro durante o tempo em que estamos longe não fazem sentido algum, porque a minha volta para onde quer que eu esteja não me traz a outro lugar que não a minha própria companhia.

Gosto de estar comigo e com meus sonhos, mas confesso que acho muito mais divertido e prazeroso quando eu e ela sonhamos juntos.

Por isso escrevo hoje endereçando meu olhar para o dia de São Valentim, quando enfim o sabor do vinho e o melhor gosto da refeição retornará, e então poderei dizer a ela FELIZ DIA DOS NAMORADOS!

Tudo isso me faz um romântico, talvez, e, sobretudo, um crente no amor, assim como foi o Bispo Valentim. E, ainda, me faz desacreditar ainda mais nas crenças do Imperador Cláudio II, pois entendo que em um (eterno) namoro somos guerreiros muito mais fortes.


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