Creatina e whey sem origem
Segundo a Anvisa, cinco suplementos receberam proibição imediata após ação da Vigilância em Saúde de Americana (SP) e da Polícia Civil. Entre eles estão o Creatine Powder 100% Pure (1 kg) da Muscle Supp Suplementos, o Whey Gourmet (900 g) e o Nitro Way 3W (1,8 kg). A agência afirma que os rótulos trazem dados de empresas que não fabricaram os itens, o que caracteriza falsificação ou produção clandestina. A medida vale para fabricação, importação, distribuição, venda, uso e propaganda.
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Antiácido apreendido por falta de registro
Na mesma linha, a Anvisa determinou a proibição e a apreensão do Sal de Uvas Picot, efervescente fabricado pela Rb Salute México S.A. de C.V. A Agência informa que o produto não tem registro nem Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) no Brasil para fabricação de medicamentos.
“Detox” e “seca barriga” vetados
Ainda sobre suplementos, a Anvisa proibiu venda, uso, propaganda e fabricação do Lipoless e de todos os produtos da marca Amazon — Seca Barriga Amazon, Amazon Intense, Amazon Slim Green, Amazon Slim Plus, Amazon Slim Detox e Amazon Redufine — e determinou a apreensão. Segundo a Agência, faltam registro, notificação ou cadastro e a origem é desconhecida. Emagrecedores não podem prometer resultados sem comprovação e sem enquadramento sanitário, reforça a Anvisa.
Suplementos de fábrica clandestina
A Anvisa também barrou Cúrcuma Cápsulas 500 mg, Chá Verde (extrato de Camellia sinensis) e Centella Asiática, da Verde Flora Produtos Naturais Ltda., com proibição e apreensão. A Agência lembra que, em agosto, uma operação com a Vigilância Sanitária de Itapemirim (ES) já havia interditado um galpão usado para produzir esses itens de forma clandestina. Mesmo com ingredientes conhecidos, a Anvisa reforça que suplementos devem cumprir boas práticas e critérios de identidade e pureza.
Cannabis sem registro
No campo dos produtos à base de cannabis, a Anvisa proibiu todos os lotes da marca Forest Medical, fabricados pela Korasana. A Agência informa que a empresa não tem registro nem AFE para fabricar ou comercializar no Brasil. Itens de cannabis precisam de prescrição, rotulagem padronizada e controle de concentrações de canabidiol e THC. Fora desse padrão, a Anvisa classifica o risco como inaceitável.
Estético injetável falsificado
A Anvisa determinou a apreensão do lote 2705071464 do NCTF 135 HA, por falsificação. Segundo a Agência, a detentora do registro (Mandala Brasil) identificou embalagem divergente e numeração inexistente no histórico oficial. O NCTF 135 HA é um injetável de ácido hialurônico para revitalização da pele por microinjeções intradérmicas, de uso restrito a profissionais habilitados. A Anvisa alerta que falsificados podem conter contaminantes ou concentrações erradas, com risco de infecção e necrose.
Oncológico falsificado
A Anvisa ordenou a apreensão do lote 412208 falsificado de Enhertu (trastuzumabe deruxtecana), indicado para câncer de mama. A Agência relata que a empresa titular do registro encontrou frascos com tamanho, tampa e cores de rótulo diferentes do padrão. Em oncologia, ressalta a Anvisa, desvios comprometem eficácia, podem causar toxicidade e atrasam tratamentos corretos.
Lote de anestésico suspenso por corpo estranho
Por fim, a Anvisa suspendeu uso, distribuição e venda do lote 24051093 do Cloridrato de Lidocaína 20 mg/ml (injeção IV/IM) da Hypofarma após confirmar a presença de corpo estranho. A lidocaína é anestésico usado para bloquear dor em procedimentos médicos e odontológicos. A Agência orienta serviços de saúde a isolar o lote e registrar notificação de tecnovigilância.
O que o consumidor e os serviços devem fazer
A Anvisa recomenda retirar os itens proibidos do estoque, interromper o uso, avisar clientes e providenciar devolução para recolhimento quando cabível. Consumidores devem guardar embalagem e nota, acionar a Vigilância Sanitária local e relatar eventos adversos no VigiMed. Em caso de sintomas, a orientação da Anvisa é buscar atendimento médico.
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