A pesquisa de preços dos materiais escolares feita pela Procuradoria de Defesa do Consumidor de Itajaí (Procon) apontou variação de 135% na lista entre os itens de maior e de menor valor. Foram pesquisados 22 itens básicos em sete comércios da cidade. A lista mais barata saiu por R$ 64,88, enquanto a mais cara ficou em R$ 152,79.
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A diferença reforça a importância da pesquisa, que tem como objetivo incentivar os consumidores a consultarem a melhor opção para economizar neste começo de ano. Na comparação com o levantamento no ano passado, houve uma queda de 6,06% na soma geral dos itens, que passou de R$ 99,5 para R$ 93,89.
Os produtos com maior diferença de preço entre as lojas foi o lápis preto nº 2. O item, que foi encontrado a R$ 0,35 nas papelarias Dani e Ellos, tava por R$ 2,50 na Livrarias Catarinense, numa variação de 614%. Em seguida aparece o apontador com um furo, com preços entre R$ 0,28 (Milium e Moderna) e R$ 1,70 na Catarinense, numa diferença de 507%.
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O caderno para desenho espiral grande, de 48 folhas, também puxou a alta variação nos preços, sendo encontrado a R$ 2,50 na Ellos e a R$ 15 na Big Star, numa diferença de 500%.
Outro item que também vale a pena a pesquisa é a cola branca, de 35 ou 40g. O produto teve uma variação de 450%, com preços de R$ 0,89 (Ellos) e R$ 4,90 (Catarinense).
A pesquisa foi feita de forma presencial na quinta-feira passada. O Procon explica que o levantamento tem caráter exemplificativo e não obriga o estabelecimento a cumprir o preço em momento posterior à data da pesquisa. Os produtos pesquisados são os de menor preço no momento da pesquisa, não considerando fatores como marca, fabricante e qualidade.
Práticas abusivas
O Procon destaca que os materiais pedidos pelas escolas devem ser utilizados exclusivamente para as atividades pedagógicas dos alunos, como folhas de sulfite, papel dobradura, tinta guache, lápis, caneta e borracha. A quantidade solicitada deve corresponder ao necessário para as atividades durante o ano letivo; caso contrário, a prática é considerada abusiva.
Além disso, em relação ao material escolar básico, as escolas estão proibidas de exigir marcas específicas, indicar estabelecimentos para compra, deixar de fornecer a lista de materiais, cobrar taxas adicionais e exigir itens de uso coletivo, como materiais de escritório ou higiene.
Na hora da pesquisa, o consumidor deve estar atento ao custo-benefício dos produtos. “Ou seja, é preciso considerar a qualidade em relação ao preço, pois o mercado oferece uma variedade de itens com diferentes quantidades de folhas (cadernos), pesos (colas) e volumes (tintas)”, orienta o Procon.
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Denúncias podem ser feitas ao Procon no WhatsApp (47) 98855-7811 ou na avenida Joca Brandão, 655, no centro.
Dicas do Procon
• Reaproveitar materiais do ano anterior, como réguas, tesouras, apontadores, mochilas
• Organizar “sebos” nos grupos de pais, para vendas/compras de livros usados de colegas de salas mais adiantadas
• Formar grupos de pais para compras coletivas, buscando melhores descontos com os estabelecimentos comerciais
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• Pesquisar na internet observando prazos de entrega dos produtos para chegarem antes das aulas e o prazo para o cancelamento da compra, o qual é de até sete dias após o recebimento do produto.
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Estabelecimentos pesquisados:
A Colegial: rua Cônego Tomas Fontes, 208, centro
Big Star: rua Hercílio Luz, 221, centro
Papelaria Dani: av. Reinaldo Schmithausen, 1640, Cordeiros
Papelaria Ellos: rua Tijucas, 164, centro
Livraria Catarinense: Itajaí Shopping
Milium: rua Brusque, 655, centro
Papelaria Moderna: rua Felipe Schmidt, 130, centro