Dois fiscais do Instituto Ambiental de Navegantes (Ian) foram alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) nesta quarta-feira. Eles são investigados por corrupção passiva e acusados de cobrar “por fora” para resolver supostas infrações ambientais em fiscalizações. Um dos investigados já tinha sido investigado em operação por corrupção na antiga Fundação Municipal de Meio Ambiente de Navegantes (Fuman).
As ordens de busca e apreensão foram cumpridas na manhã desta quarta tanto no órgão ambiental como nas casas dos investigados em Itajaí, Balneário Piçarras e Navegantes. A operação "Tangente" recolheu ...
 
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As ordens de busca e apreensão foram cumpridas na manhã desta quarta tanto no órgão ambiental como nas casas dos investigados em Itajaí, Balneário Piçarras e Navegantes. A operação "Tangente" recolheu computadores, tablets, ofícios e documentos de arquivo. Não houve prisões.
A prefeitura de Navegantes informou que os fiscais são servidores concursados e devem ser afastados. O município explicou que está colaborando com o Ministério Público e colocou o Instituto Ambiental de Navegantes à disposição para auxiliar nas investigações. Por conta do sigilo judicial, os nomes dos fiscais não foram divulgados.
Um dos investigados, identificado como M.M.N., já tinha sido preso durante a gestão do ex-prefeito Roberto de Souza. Ele foi acusado de envolvimento em um esquema de corrupção revelado pela Operação Sistema Vital, deflagrada em 2019.
Na época, M.M.N. era superintendente da Fuman e foi denunciado pelo Ministério Público junto com dois empresários, um engenheiro civil e dois sargentos do corpo de bombeiros de Navegantes. O grupo foi acusado de crimes relacionados à aprovação de projetos de prevenção contra incêndios.
O esquema envolvia empresários que prometiam facilitar processos de aprovação de projetos em troca de pagamentos, com o apoio de bombeiros e do superintendente da Fuman. Os bombeiros exigiam a compra de um maior número de equipamentos de segurança, enquanto o superintendente visitava empresas e "vendia facilidades" para aprovação. Ele recebia comissões por sua participação no esquema.
Apesar de ter sido afastado do cargo e de usar tornozeleira eletrônica na época, o MP ainda não informou se os denunciados foram condenados pelos crimes.