A Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú está investigando o caso do motorista de uma caminhonete Land Rover que transportava R$ 100 mil em dinheiro vivo. O jornalista G.P., de 53 anos, não soube informar como conseguiu o dinheiro e nem para que ele seria utilizado. Logo após a prisão, ele foi solto e responde pelo caso em liberdade.
Segundo a Polícia Civil, a Guarda Municipal recebeu uma denúncia na noite de segunda-feira de que uma Land Rover teria participado de um assalto e estaria se deslocando pela avenida do Estado Dalmo ...
Segundo a Polícia Civil, a Guarda Municipal recebeu uma denúncia na noite de segunda-feira de que uma Land Rover teria participado de um assalto e estaria se deslocando pela avenida do Estado Dalmo Vieira. Com a informação, a GM passou a monitorar a avenida até que avistou o carrão de luxo e deu a ordem de parada.
Os guardas municipais não encontraram nada contra G.P., mas na porta do carona foi localizado um grande montante de notas de R$ 100 envoltas em borracha de dinheiro. Já no porta-luvas havia um envelope branco com mais dinheiro vivo. O valor total apreendido foi de R$ 100 mil. A polícia também apreendeu uma carteirinha da Fenaj (Federação Nacional de Jornalismo) em nome do motorista do carro.
Ao ser questionado, o homem não soube informar a procedência do dinheiro, mas disse que era dono de uma construtora e que o valor seria para o pagamento de funcionários. Como não havia comprovação da origem da grana, ele foi levado para a Central de Plantão Policial. Durante o trajeto, o homem chegou a urinar nas calças.
Segundo o delegado Aderlan Camargo, responsável pelo recebimento do caso na delegacia, em depoimento G.P. se reservou ao direito de ficar calado. “Ele ficou em silêncio. Não esclareceu a origem e o destino do dinheiro e, diante da ausência de informações, o valor foi apreendido”, informou o delegado.
Além do dinheiro, dois aparelhos celulares também foram apreendidos para auxiliar na investigação. Já G.P. e a Land Rover foram liberados pelo delegado. “Como não havia muitas informações, era necessário um aprofundamento maior, ainda a ser realizado em uma investigação. Decidi pela soltura, mas com a apreensão do dinheiro e dos aparelhos”, explicou Aderlan.
O delegado informou que os guardas teriam cogitado a informação de que o dinheiro poderia ser utilizado para um crime eleitoral. No entanto, o delegado disse que não há qualquer evidência que sustente a denúncia.
Como o delegado Aderlan apenas atendeu o flagrante na noite de segunda-feira, o caso foi repassado para a DIC investigar. “A investigação vai apontar se a denúncia realmente foi em razão de um crime contra o patrimônio anteriormente ou se houve outro objetivo”, completou.
Nesta sexta-feira, o delegado Vicente Soares, responsável pela investigação, informou que a denúncia de crime eleitoral não foi confirmada ainda. “O inquérito foi instaurado e as diligências necessárias estão sendo realizadas para apurar a origem do dinheiro apreendido”, disse. Entre as diligências está a perícia e análise dos celulares apreendidos – que ainda não iniciou. O delegado informou que G.P. é morador de Itajaí e que ainda não foi chamado para novos esclarecimentos na delegacia. O delegado não repassou mais informações porque o inquérito corre em sigilo.