BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Mancha na praia de Laranjeiras é “maré vermelha"

Floração de microalgas tem sido vista em todo o litoral catarinense

Fenômeno está ocorrendo em quase todo o litoral de SC devido combinação de fatores, diz IMA (Foto: Reprodução)
Fenômeno está ocorrendo em quase todo o litoral de SC devido combinação de fatores, diz IMA (Foto: Reprodução)
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As manchas alaranjadas que apareceram na praia de Laranjeiras, em Balneário Camboriú, na quarta-feira, são do fenômeno conhecido como “maré vermelha”, segundo explicou o Instituto de Meio Ambiente (IMA). O mesmo tipo de ocorrência foi registrado na orla da Baía Sul e também na praia de Santo Antônio de Lisboa, ambas em Florianópolis.

Em Balneário, as manchas chamaram a atenção de turistas do barco-pirata, que faz uma das paradas no píer de Laranjeiras. Inicialmente, a suspeita era de que fosse poluição. Em Florianópolis ...

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Em Balneário, as manchas chamaram a atenção de turistas do barco-pirata, que faz uma das paradas no píer de Laranjeiras. Inicialmente, a suspeita era de que fosse poluição. Em Florianópolis, o Ima chegou a receber denúncia de um suposto vazamento de óleo até a equipe de fiscalização examinar amostras e concluir pela ocorrência da “maré vermelha”.

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O fenômeno é caracterizado pela floração de microalgas e não representa risco à saúde humana. Em BC, foi identificada a predominância de Noctiluca scintillans, um tipo de alga bioluminescente que pode brilhar no escuro conforme o movimento das águas. A estratégia é usada pelos microorganismos para se proteger de eventuais predadores.

De acordo com o oceanógrafo do Ima, Carlos Eduardo Tibiriçá, a floração é em grande escala e não existe um único fator responsável por causar a multiplicação de células. A combinação de fatores meteorológicos e oceanográficos, incluindo as chuvas históricas do Rio Grande do Sul, que trouxe muita água doce para o mar e a direção das correntes marítimas, podem explicar o fenônemo.

A “maré vermelha” tem sido registrada desde a costa gaúcha e está avançando para o norte, podendo chegar ao litoral do Paraná e de São Paulo. “A maré vermelha está ocorrendo praticamente em todo o litoral catarinense, sendo um evento de grande escala similar ao ocorrido no ano de 2016. Tivemos um outono muito chuvoso, condição que pode provocar esse tipo de evento, cuja duração pode perdurar por semanas ou até poucos meses”, explica o especialista.

Amostras coletadas

As amostras de água recolhidas em Florianópolis foram analisadas pela equipe da Coordenadoria Regional do Meio Ambiente (Codam) do Ima em Itajaí. No local, o oceanófrafo concluiu que as manchas alaranjadas são florações de microalgas, tecnicamente chamadas de dinoflagelados, e que causam as “marés vermelhas”.

Para confirmar que se tratava do fenômeno e não de algum poluente, com óleo ou outro produto químico, o Ima contou com apoio da Capitania dos Portos para a coleta de amostras em vários locais onde a mancha estava concentrada.

Em Floripa, outras espécies de microalgas, além da bioluminescente, foram observadas nas amostras e são analisadas pra verificar a presença de toxinas.

Mexilhões e ostras na mira

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De acordo com o monitoramento da Cidasc, também está ocorrendo floração de Dinophysis spp, espécie de microalgas que são produtoras de toxinas diarréicas. Por isso, foi recomendada atenção especial no monitoramento, através do Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves, na hora de consumir ostras e mexilhões produzidos no litoral catarinense.

As análises das amostras na área de produção de mexilhões próxima ao local onde as manchas apareceram na Baía Sul não indicaram anormalidades na água. As amostras foram encaminhadas para o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), onde será investigada a presença de microrganismos produtores de toxinas.

Amostras de moluscos cultivados nas áreas de produção também foram  enviadas para análise. Os resultados vão orientar a tomada de decisão sobre a suspensão ou não da retirada de moluscos nas áreas. No momento, os locais de cultivo de ostras estão todos liberados. No cultivo de mexilhões, há suspensão em quatro áreas de Floripa e Palhoça por causa de níveis elevados de ácido ocadaico na carne dos moluscos.

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Em nota técnica, a Cidasc informa que as espécies de microalgas encontradas nas amostras do Ima e da Cidasc não são reconhecidas por causarem problemas aos humanos em contato primário com a água, como no banho de mar, sendo que a atenção deve se voltar no momento, sobretudo, ao consumo de moluscos.

O monitoramento d continua porque há previsão de uma nova corrente de água fria vinda do sul.

Na região de Itajaí, equipes da Univali fizeram coletas de amostras de água em Balneário Camboriú e Itajaí pra analisar o fenômeno.

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