"No momento, é difícil estabelecer que é seguro usar inteligência artificial", alerta o especialista
O cientista da computação Fabrício Bortoluzzi é o convidado do #tánoDIARINHO desta semana para falar sobre tecnologia
Laura Testoni [lauratestoni16@gmail.com]
Os avanços da IA são o principal tema da conversa com a jornalista Laura Testoni (Foto: Canva)
O cientista da computação e professor da Univali Fabrício Bortoluzzi alertou sobre os riscos da inteligência artificial. Em conversa com a jornalista Laura Testoni no podcast #tánoDIARINHO, o especialista em cibersegurança também falou sobre como o lado "mau" da IA poderá ser usado com ainda mais força no período eleitoral que se aproxima.
Para o professor, a sociedade está exposta a conteúdos criados por computadores e que pode trazer diversos riscos. "No momento, é difícil estabelecer que é seguro usar IA", destacou. O especialista ...
Para o professor, a sociedade está exposta a conteúdos criados por computadores e que pode trazer diversos riscos. "No momento, é difícil estabelecer que é seguro usar IA", destacou. O especialista ainda confessou ser difícil, até mesmo para quem é da técnico da área, identificar quando um conteúdo foi produzido por uma inteligência artificial.
Os conteúdos em texto, para o professor, são os mais difíceis de serem identificados, porque o robô é capaz de assemelhar muito bem à escrita humana, embora não substitua um "pensar humano". Outra coisa complicada de se lidar são os áudios, uma vez que as IAs conseguem copiar a voz de humanos e se passar por eles.
O terceiro alerta são para os vídeos acompanhados de áudios, ambos gerados por computadores. Para Bortoluzzi, essa talvez seja a forma mais assustadora de atuação da inteligência artificial, uma vez que a de tecnologia é capaz modificar totalmente a fala de uma pessoa, inclusive com imagens falsas. Por exemplo, um candidato de esquerda ou de direita apoiando pautas de seus adversários.
O professor confessa que até mesmo ele, que possui um olhar técnico, encontra conteúdos que foram produzidos pela IA e mesmo assim parecem verdadeiros. "Eu não acho fácil detectar conteúdo quando ele é produzido por inteligência artificial", confessou.
Bortoluzzi falou ainda como os avanços da tecnologia são rápidos. O que vemos hoje, como o ChatGPT e outras plataformas de IA, são resultado de 30 anos de pesquisa. "Agora em um ano progride mais do que os últimos 10", analisa.
Sobre a legislação e regulamentação do uso da inteligência artificial, o especialista acredita que seja muito cedo para se pensar nos moldes que isso será feito. "Estamos no campo da especulação", conclui.
Dando seu ok, você está de acordo com a nossa Política de Privacidade e com o uso dos cookies que nos permitem melhorar nossos serviços e recomendar conteúdos do seu interesse.