As 87 árvores do canteiro central da avenida Marcos Konder passarão por uma vistoria técnica, a partir das 14h30 desta sexta-feira, do Instituto Itajaí Sustentável (Inis) e do técnico Agrícola e tecnólogo em Gestão Ambiental, Heli Schlickmann, contratado pela Pacopedras. O objetivo é verificar “o estado fitossanitário” das árvores e confirmar quais estão aptas para transplante. A análise tem como base um estudo feito há sete anos pelo Inis.
A Marcos Konder tem 129 árvores, sendo 87 no canteiro central. Destas árvores somente 28 árvores poderiam ser transplantadas se todos os procedimentos preventivos fossem feitos corretamente - as ...
A Marcos Konder tem 129 árvores, sendo 87 no canteiro central. Destas árvores somente 28 árvores poderiam ser transplantadas se todos os procedimentos preventivos fossem feitos corretamente - as demais iriam ao chão. São 15 sibipirunas e 13 palmeiras imperiais com condições de transplante, com 75% a 80% de chance de sobreviverem ao processo – isso se todos os procedimentos fossem feitos corretamente e respeitando a preparação, remoção e transplante das árvores. As demais árvores existentes na avenida podem ir ao chão.
“A sibipiruna tem um tempo de preparação de 120 dias, já nas palmeiras imperiais pode ser feito transplante imediato, ressalvando algumas notas técnicas no cuidado da retirada. Estamos agora no passo de analisar a situação de cada exemplar individualmente para apontar a situação das raízes, colo, tronco e copa. O laudo do manejo de cada unidade individual será feito sexta à tarde, com os técnicos do Inis”, completa.
Após checar as árvores, serão confirmadas quantas poderão ser transplantadas, para quais locais elas irão e então iniciadas as correções de algumas doenças e também é feita a sangria de 50% das raízes. “O terceiro passo será a poda de equilíbrio entre tronco e copa para corrigir esses desequilíbrios existentes. A quarta etapa será a sangria dos outros 50% das raízes e preparação para remoção para os novos berços de transplante”, explica Heli.
Somente após esses quatro passos, que levam em torno de quatro meses, se inicia a remoção das sibipirunas para o novo espaço. “O processo requer o tempo mínimo de 120 dias antes do transplante, em virtude das características de cada uma de árvore, como tipo de raízes, tamanho, profundidade delas, diâmetro de raízes, resposta ao stress...”, comenta. A partir do transplante, será feito o acompanhamento por 24 meses para corrigir poda, adubação e curar possíveis doenças das árvores.
Já as palmeiras, segundo Heli, poderiam ter o transplante imediato porque as raízes absorvem água e nutrientes muito próximos do tronco. “Nas palmeiras as raízes absorvem água, então quando você tira aquela parte com raiz e terra, essas raizinhas novas vão junto e seguem nutrindo as palmeiras. Já outros tipos de árvore, se eu cortar em volta dela, tanto de 80 centímetros ou metros, eu vou tirar todas as raízes que absorvem água. Eu preciso cortar uma parte para forçar a produção de novas raízes para absorver água e nutrientes. Daí quando eu fizer o corte ao contrário, aquelas que estavam nutrindo vão dar espaço para as novas”, explica.