Investigado pela Polícia Federal por comandar um esquema de fraude milionária em Balneário Camboriú, o empresário italiano Paul Baccaglini foi preso na Itália no final de semana passado e será extraditado para o Brasil. Ele foi preso pela Operação Quéfren, no dia 16 de março, pela polícia italiana.

Paul foi indiciado por integrar organização criminosa, operar instituição financeira sem autorização, por apropriação indevida de valores, estelionato e lavagem de dinheiro. A ordem de prisão contra o italiano foi publicada em 2022 pela 1ª Vara Criminal Federal em Itajaí. Depois, ele entrou na lista de procurados pela Interpol.

Após diversas buscas, o investigado foi localizado e preso em Vailate, na Itália. Na quinta-feira, a Polícia Federal informou que a Justiça Federal e o Ministério da Justiça iniciarão o processo de extradição para o Brasil.

Segundo a PF, ele é suspeito de ser operador, captador e destinatário final dos recursos financeiros captados por meio de uma empresa entre 2018 e 2021, apropriando-se de valores que somam mais de R$ 10 milhões.

A investigação aponta que ele atuava como “sócio-oculto” da empresa, liderando um esquema de fraude financeira no setor de criptomoedas, gerando prejuízo milionário para os investidores. O golpe teria lesado cerca de 120 pessoas em Santa Catarina.

O empresário é conhecido na Itália pela personalidade excêntrica. Ele tem o corpo coberto por mais de 60 tatuagens, já tentou comprar o time de futebol Palermo, em 2017, do qual foi presidente por apenas três meses, até renunciar, e trabalhou como apresentador em rádio e televisão.

Filho de mãe italiana e pai norte-americano, Paul é natural dos Estados Unidos, mas tem cidadania italiana. Ele se mudou para a Itália após terminar o ensino médio. Na Itália, ele ganhou fama como apresentador de rádio e depois na MTV italiana e no canal Itália1. Depois, virou celebridade nacional pelo programa de entrevistas “Le Iene”.