Balneário Camboriú

Pescadores cobram instalação de ranchos de pesca às vésperas da safra da tainha

Pontos atuais na praia Central estão sem abrigos desde as obras de alargamento

Reunião discutiu ações pra temporada; prefeito se comprometeu com pedidos (Foto: João Batista)
Reunião discutiu ações pra temporada; prefeito se comprometeu com pedidos (Foto: João Batista)
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Faltando menos de dois meses para a safra artesanal da tainha, os pescadores de Balneário Camboriú cobraram medidas emergenciais da prefeitura pra garantir a instalação dos ranchos de pesca nas praias Central e agrestes, entre outras melhorias. Na segunda passada, a categoria se reuniu com o prefeito Fabrício Oliveira (PL), secretários e vereadores.

A principal reivindicação é pela colocação dos ranchos de pesca, com a instalação de contêineres que sirvam de local seguro pra guardar redes e petrechos de pesca, e que tenham banheiro ...

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A principal reivindicação é pela colocação dos ranchos de pesca, com a instalação de contêineres que sirvam de local seguro pra guardar redes e petrechos de pesca, e que tenham banheiro, cozinha e água pra uso dos pescadores. Outras medidas incluem um quadriciclo pra puxar os barcos, placas de sinalização com as regras da safra da tainha, uniformes e programa de cestas básicas.

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Balneário conta com nove pontos de pesca da tainha, três deles na praia Central e outros nas praias de Laranjeiras, Taquarinhas, Taquaras, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho. Os ranchos na praia Central foram tirados para as obras de alargamento e são previstos novos modelos no projeto de revitalização da orla. Enquanto isso, os pescadores não têm estrutura adequada para trabalhar, com barcos e materiais desprotegidos, alvo de furtos e ação de vândalos.

Além da praia Central, os pescadores querem a colocação dos contêineres no Pinho, que está sem rancho, e em Taquarinhas, que tá com um barraco de lona. Na praia de Laranjeiras, o pedido é pela restauração do rancho histórico, que é um dos mais antigos da cidade e precisa de melhorias na estrutura.

Uma nova reunião está marcada para o dia 26. Segundo os pescadores, o prefeito Fabrício se comprometeu em atender às demandas emergenciais. A reunião contou com a participação da secretária de Meio Ambiente, Maria Heloísa Furtado Lenzi, e da presidente da Fundação Cultural de BC, Denize Leite, uma vez que a pesca artesanal da tainha é patrimônio cultural imaterial de BC desde 2019.

Em nota, a prefeitura confirmou que vai ajudar os pescadores com a estrutura para a montagem dos ranchos. Na reunião, o prefeito apresentou o projeto dos ranchos definitivos previstos na obra de revitalização. O modelo, considerado “futurista”, não agrada aos pescadores, que defendem mudanças na estrutura pra que fique mais adequada ao trabalho no dia a dia.

Abrigo e fiscalização

A reunião na segunda foi movimentada, com representantes de diversos ranchos e da colônia de pescadores, que já tinham buscado apoio de um grupo de vereadores. A discussão tratou das medidas mais urgentes pra safra da tainha, mas também de outras reivindicações. Entre elas a cobrança de fiscalização contra o uso de redes ilegais, e contra a circulação de jet-skis, lanchas e outras embarcações que desrespeitam a distância mínima da areia das praias.

A queixa é que a movimentação dos barcos de lazer perto das áreas de pesca “espantam” os peixes. A reunião tratou de um projeto de lei a ser levado pra câmara que vai contemplar os itens discutidos.

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O pescador Edson Faustino, o “Bugio”, do rancho de pesca da rua 4000, na Barra Sul, informa que a próxima reunião dará um balanço dos pedidos. “O prefeito vai nos apresentar o que conseguiu e o que terá condições de nos dar de imediato”, disse. Sobre os ranchos, ele ressalta que não necessariamente teria que ser um contêiner, mas um abrigo adequado e seguro. “O que a gente não quer é que seja uma barraca que em qualquer ventania a gente tenha que se grudar nos pés dela pra ela não voar”, lembra.

O contêiner funcionaria como “contêiner-casa”, com banheiro e espaço pra manipulação dos peixes, atendendo os pescadores até os ranchos definitivos da reurbanização da orla. “O contêiner vai ser bom porque elimina o banheiro químico. Com o banheiro químico, a gente ia pra casa de noite e, quando chegava de manhã, ele estava estourado, vomitado e cagado de tudo quanto é jeito”, relata.

Ranchos definitivos

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A cobrança por ranchos seguros leva em conta os casos frequentes de furtos de redes e danos nas embarcações provocados pelos “nóias” durante a noite. Mesmo as caixas usadas hoje pra guardar materiais são alvo de arrombamentos. Os ranchos projetados para a nova orla terão estrutura completa, incluindo abrigo pros barcos.

A construção é prevista nas próximas etapas das obras de revitalização, nos pontos atuais de pesca, nos trechos das ruas 4000, 3700 e 3100. Os pescadores reclamam que não foram ouvidos na elaboração do modelo e cobram alterações. “A gente precisa de uma espia, que é pra poder olhar o peixe de cima, como todo lugar tem, uma torre. Nas praias agrestes, os pescadores ficam no morro pra poder enxergar o peixe, mas aqui [na praia Central], a gente não tem como”, explica Bugio.

Vereadores e deputados

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Representante dos pescadores da praia Central, a advogada Erika Barbarini atuou junto ao prefeito, vereadores e deputados em busca de soluções para a temporada da tainha. “Nós botamos tudo por escrito e ele [Fabrício] se comprometeu, porque é caráter de urgência. As famílias estão sem alimentação, sem amparo, sem normas”, afirma.

Se as medidas travarem, Erika adianta que o Ministério Público será acionado. A advogada já levou o tema para o deputado Carlos Humberto (PL) e conseguiu apoio do deputado Marcos José Abreu, o Marquito (Psol). O parlamentar mandou ofício à prefeitura e à câmara de vereadores pedindo o atendimento às demandas dos pescadores.

O vereador Anderson Santos (Podemos), da base governista, também pediu  pra prefeitura comprar ou contratar os contêineres para os pescadores da praia Central e ainda sugeriu um estudo pra criação de um corredor de acesso de veículos pra retirada do peixe na faixa de areia durante a safra da tainha.






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