A noite de quarta-feira foi de alívio para os catarinenses da família Schurmann. Após sofrerem avarias no veleiro Kat por causa de uma tempestade que enfrentaram, eles conseguiram vencer a travessia entre Fiji e a Nova Zelândia.

O grupo chegou seguro à cidade de Whangare, onde completaram a primeira etapa do projeto Voz dos Oceanos, expedição que começou em agosto de 2021 e tem parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “A tripulação e o veleiro chegaram bem e seguros. Do alarme acionado e identificação dos primeiros sinais de avaria e vazamento até a ancoragem no porto foram 640 milhas navegadas – com extrema cautela, pressão e preocupação – em 178 horas monitoradas pela equipe de terra da Voz dos Oceanos e do Rescue Coordination Centre New Zealand”, informou, via rede social, a família Schurmann.

O próximo passo é a retirada do veleiro Kat da água para perícia e reparos das avarias, enquanto os seis tripulantes descansam em terra firme. “Reforçamos nosso orgulho ao capitão Wilhelm pela liderança no veleiro e os tripulantes Alex, Carmina, Erika, Heloisa e Katharina pela união e coragem a bordo!”, completou o texto postado.

Em vídeo postado nas redes sociais, o capitão Wilhelm Schurmann, informou a chegada à Nova Zelândia e com isso a primeira etapa do projeto Vozes do Oceano foi concluída. “Está todo mundo muito contente, muito entusiasmado que terminamos essa primeira etapa do Vozes dos Oceanos, um pouco mais de dois anos, uma jornada incrível, mas com muita coisa ainda pela frente. Foi uma navegada final um pouco tensa, devido à avaria que nós tivemos no barco, ingressando água, mas toda a equipe trabalhou super bem. Nós conseguimos conter a situação rápido, apesar de continuar entrando água no veleiro, foi administrado pelas bombas de porão que temos...”, informou Wilhelm.

O capitão aproveitou para agradecer as mensagens de apoio e também esclareceu que o veleiro não foi vítima  do ciclone Lola, que atingiu a cidade de Vanuatu, nas ilhas de Penama, no Arquipélago da Oceania. Eles foram surpreendidos por fortes rajadas de vento que não estavam previstas. “O Ciclone Lola estava mais ao norte, mas nós pegamos um vento que não estava previsto, acabamos pegando 45 nós, que é quase 80 km/h, acabamos rasgando inclusive a nossa vela do mastro”, explicou.

O capitão Wilhelm ainda fez reverência ao oceano e sua generosidade. “Queremos destacar que, de tudo o que vivemos nestes dias, nada se compara à enorme e sólida rede de apoio que se formou, literalmente impulsionando a Voz dos Oceanos a seguir em frente e a cumprir a nossa missão”, escreveu a Família Schurmann, reformando o apoio das autoridades da Nova Zelândia para a travessia terminar de fora segura.