ITAJAÍ
Pai acusa colégio do São Roque por discriminação com filho autista
Diretoria nega e conta que já chamou o pai para explicar a situação
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Kalberty Corrêa, de 44 anos, é pai de C., de 7 anos, aluno do 1º ano do Grupo Escolar Jorge Domingos Gonzaga, no bairro São Roque, em Itajaí, e diz que a escola discrimina o filho por ele ser autista. Segundo Kalberty, o menino foi excluído do vídeo de homenagem de Dia das Mães e do jornalzinho da escola. Há pouco mais de duas semanas, o pai foi buscar explicações para o problema na Secretaria de Educação, mas diz que não teve resposta. A secretaria explica, porém, que já conversou com o pai e o grupo escolar o convidou para uma conversa, mas ele ainda não compareceu ao local.
Em contato com o DIARINHO, a diretoria da escola explicou que, no caso do vídeo de Dia das Mães, cada professora gravou seus alunos e a diretora fez a edição. Por conta de um erro, quatro alunos acabaram ficando de fora, não só o menino autista. A diretoria se desculpou pelo erro e pediu que os pais compreendam o caso.
Já o jornalzinho era um projeto da feira de conhecimento feita em setembro. O 4º ano da manhã fez a edição e inclui os aniversários apenas dos estudantes daquele turno. Por isso, C., que estuda à tarde, ficou de fora. Segundo a escola, um outro jornalzinho, feito pelo 1º ano da tarde, tinha o aniversário do menino.
“O pai foi de manhã na escola ver a exposição, viu todos os trabalhos, saiu com um jornal e foi para o carro. De repente, ele voltou ao colégio completamente alterado, gritando e xingando com palavrões, dizendo que a escola era incompetente e que teriam excluído o filho dele por ser autista. Ele disse que ia chamar a polícia, mas foi um dos vigilantes da escola que acabou chamando a polícia por desacato a funcionário público. Nisso, o pai foi embora. A polícia levou cerca de duas horas para chegar, por ser um bairro afastado, e registrou o BO”, conta a diretoria da escola.
No Dia dos Pais, o homem teria se descontrolado novamente, quando apresentou o laudo da médica do pequeno dizendo que ele precisaria de um professor auxiliar. A escola disse que encaminharia para a secretaria, apesar de acreditar que o aluno não precisaria do recurso por se sair muito bem. De qualquer forma, fez a solicitação e informou que o processo poderia levar algum tempo. A diretora conta que o colégio tem alguns alunos autistas, e que nenhum dos pais nunca relatou nenhum problema, que buscam sempre ser inclusivos, mas esse pai “sempre encrenca com alguma coisa”.
A Secretaria Municipal de Educação informa que repudia qualquer tipo de discriminação em suas unidades de ensino e reforça que, assim que tomou conhecimento do caso, entrou em contato com o Grupo Escolar Jorge Domingos para esclarecer a situação. A unidade informou que jamais excluiu o estudante ou quaisquer outros alunos.
 
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