Entidades empresariais repudiam o cancelamento da Marejada 2023
Lideranças têm expectativa de que câmara ainda vote projeto e dê tempo de fazer a festa
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Festa atraiu 300 mil visitantes na edição do ano passado
(Foto: Arquivo)
Pegou muito mal entre as entidades empresariais a negativa da câmara de vereadores de colocar em votação o projeto de lei que pede suplementação orçamentária de R$ 5 milhões para realização da 35ª Marejada. Como o legislativo entrou em recesso e faltam três meses pra festa, foi anunciado o cancelamento da edição 2023. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Thiago Morastoni, anunciou na segunda-feira que, como os vereadores saíram em recesso sem aprovar a suplementação, não haveria mais tempo hábil para fazer as licitações pra realização da Marejada, que faz parte do calendário de festas de outubro de Santa Catarina.
Ouvidas pelo DIARINHO, a Associação Empresarial de Itajaí (ACII), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Sindilojas, o Sindicato da Construção Civil, o Núcleo de Turismo da ACII e o ...
Ouvidas pelo DIARINHO, a Associação Empresarial de Itajaí (ACII), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Sindilojas, o Sindicato da Construção Civil, o Núcleo de Turismo da ACII e o Convention Bureau lamentaram o cancelamento e reforçaram o pedido para que os vereadores aprovem o orçamento da Marejada a tempo da festa acontecer no mês de outubro.
A presidente da ACII, Gabriela Kelm, foi a primeira a se manifestar. O posicionamento foi seguido pelo Conselho de Entidades do Comércio. “A Marejada, que integra o calendário das festas de outubro em nosso estado, é um dos eventos mais tradicionais de Itajaí. Além disso, movimenta diversos segmentos da economia, beneficiando a classe empresarial e diversas categorias profissionais, com a geração de muitos empregos temporários”, avalia Gabriela.
A presidente da ACII destaca a necessidade de união em prol de Itajaí. “Vivemos um momento complicado devido às questões que envolvem o nosso porto. Nesse contexto, a não realização da Marejada é extremamente prejudicial para todos nós, tanto para o setor econômico quanto para a própria autoestima de nosso povo”, opina.
Gabriela ainda sugere que o legislativo encontre outras estratégias para investigar possíveis ilegalidades. “Os parlamentares poderiam, por exemplo, formar uma comissão para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos em irregularidades, caso estas sejam constatadas. Isso poderia ser feito sem inviabilizar a Marejada neste ano”, opina.
Ela ainda acredita que há tempo para que a situação seja revista e a festa ocorra em outubro. “Mesmo em período de recesso, nossos vereadores podem realizar uma sessão extraordinária e votar o pedido de urgência para que a festa aconteça”, diz.
Mario da Silva, presidente da CDL, acredita que o cancelamento pode impactar ainda mais nas questões econômicas e que é mais uma penalização à comunidade. “A festa que dura mais de 10 dias é um atrativo para turistas e isso deve ser levado em conta, já que estamos amargando um momento triste do porto. Neste momento de instabilidade, devemos criar atrativos, possibilidades para fazer com que a economia gire e a Marejada é uma opção. Suspender não é a solução, o que precisa ser feito é apurar o que aconteceu neste processo entre câmara e poder executivo”, destacou Mario.
Já Bento Ferrari, presidente Sindilojas, frisa que o município já está muito prejudicado com a situação negativa causada pela paralisação do porto. “A Marejada não pode ser prejudicada por brigas políticas. Se há irregularidades na prestação de contas da Marejada do ano passado, como alegam os vereadores, que se crie uma comissão, que se investigue”, criticou.
Giovani Sandri, vice-presidente de Turismo da ACII, destacou que a Marejada, além de fazer parte do calendário de festas de outubro, contribui para autoestima do itajaiense, além de ser importante receita para economia local com destaque para o turismo. “O legislativo e o executivo deveriam ter tratado com maior zelo esta questão, neste caso, maior interesse em solucionar, quer seja através do diálogo quer seja utilizando mecanismos da competência do legislativo para investigar e verificar o que aconteceu em relação à falta de apresentação das contas do evento do ano passado e responsabilizar os culpados. Infelizmente o povo itajaiense e sua economia ficaram na mão”, disse.
O empresário Ronaldo Jansson Junior, presidente Convention Bureau e do Conselho Municipal de Turismo, desde a semana passada tem dialogado com os vereadores para que a festa ocorra. “O que não pode é a cidade perder. A gente continua acreditando que eles vão se entender e que se tiver alguma irregularidade na prestação de contas que se investigue, mas o município não pode pagar por isso. A gente continua na expectativa e acompanhando de perto. A gente espera que se resolva logo esse imbróglio”, disse.
O presidente do Sinduscon, Fábio Inthurn, pediu união em prol da cidade. “Estamos num momento em que o esforço do executivo municipal e do legislativo resultarão em importantes projetos para o desenvolvimento e futuro da cidade”, ponderou o presidente do Sinduscon.
A não realização da Marejada é prejudicial ao setor econômico e para a autoestima de nosso povo" - Gabriela Kelm - Presidente ACII
Penalizar a população é uma saída equivocada e que pode deixar a situação ainda pior" - Mario da Silva - Presidente da CDL
Deixar de aprovar orçamento para a festa não prejudica a figura do prefeito, mas sim a cidade como um todo" - Bento Ferrari - Presidente Sindilojas
Entendo a importância da prestação de contas e se existe uma lei ela deve ser cumprida. Um erro não justifica o outro" - Giovani Sandri - Vice-presidente de Turismo da ACII,
A gente ainda aguarda que o poder público converse, se organize, e resolva o problema" - Ronaldo Jansson Junior - Presidente Convention Bureau de Itajaí
Os empresários da construção civil entendem que é momento de união e de superar eventuais desavenças" - Fábio Inthurn - Presidente Sinduscon
Olha, isso é vergonhoso, uma cidade com essa tradição a anos e os grupo politico usar isso como moeda para gerar um embate é de um nível tão baixo, mas tão baixo, que da um nojo de politicos.
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