festa junina
Escola monta estande com réplicas de armas
Denúncia chegou ao MP, que investiga a a exposição no colégio, que tem mais de 40 anos de atuação
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Um colégio católico da cidade de Curitibanos, no meio oeste catarinense, está no alvo do Ministério Público. O caso iniciou com uma exposição de réplicas de armamentos pesados dentro do espaço de um ginásio escolar e durante uma festa junina no último dia 19.
O Colégio Maria Imaculada, com 40 anos de atuação em Curitibanos, acabou tendo o vídeo da festa junina viralizado após mostrar uma tenda camuflada, no estilo do Exército Brasileiro e com uma Bandeira Nacional fixada nela; ao lado, as armas, em réplicas, chamavam atenção. No mesmo vídeo, um “sniper” ou atirador aparece ao lado do estande, também vestindo roupas militares.
A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude lançou uma notícia de fato e agora investiga o caso, através do promotor de Justiça Otavio Augusto Bennech Aranha. Segundo ele, inicialmente é necessária a coleta de informações.
O promotor deu 48 horas para a escola se manifestar sobre o caso – e pediu dados sobre qual a empresa forneceu os simulacros, modelos das armas, qual o objetivo do estande camuflado e a finalidade pedagógica da mostra no espaço interno da escola.
Bennech Aranha frisou na imprensa de Curitibanos que terá cautela na investigação, mas que não poderia ficar indiferente à exposição, diante dos acontecimentos de violência acontecidos nas escolas brasileiras.
O Colégio Maria Imaculada chegou a postar uma nota pública, aparentemente relativa ao caso – mas que em momento algum confirmou ou explicou o motivo da exposição armamentista. A nota se apresenta como um “repúdio” às “notícias distorcidas” divulgadas na internet e imprensa. Na visão da unidade de ensino católica, o propósito seria de “difamar a imagem da instituição”.
A nota frisa ainda que a escola é uma unidade “religiosa e que preza pela seriedade, segurança, liberdade e ensino de qualidade”, mas que repudia notícias e comentários com “fake news”, além de “tomar providências jurídicas” para responsabilizar quem incitou as “falsas notícias”.
O DIARINHO contatou o Colégio Maria Imaculada na quarta-feira, dia 22, visando apurar os argumentos da escola, mas o telefone da instituição informou estar “indisponível”. O espaço está aberto à instituição de ensino para dar sua versão.