Saco da Fazenda
Mini-veleiros disputam regatas em Itajaí
Foram 15 competidores do Paraná e de SC nas 18 regatas deste domingo
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O Saco da Fazenda ganhou um colorido diferente neste domingo com os 15 barcos rádio controlados que disputaram o primeiro circuito de regatas de veleiros em miniatura, da classe RG 65. Paulo Krink foi o grande vencedor.
Classificaram-se ainda Percy Glazer e Marlon Prestes, nas segunda e terceira posições. Marlon acumula dois títulos de campeão brasileiro, é o atual líder da classe no país, e título de campeão sul-americano. O resultado é obtido com o somatório de pontos de cada participante.
A largada foi por volta das 10h15. Foram seis regatas pela manhã e 12 regatas à tarde, totalizando 18 pernas. As provas iniciaram com ventos fracos e melhoraram a partir do meio dia. Para quem acompanhou as regatas da Beira Rio, o visual foi bem mais bonito, pois quanto pior a condição de vento, maiores são as velas. “Como disputamos numa raia pequena, o maior apelo do evento foi de mostrar para o público a modalidade”, explica o velejador Brayan Linhares, promotor da regata em Itajaí.
Célio Arnaldo de Souza, coordenador da classe RG 65 na Associação Brasileira de Veleiros Rádio Controlados (ABVRC) e diretor da ACVRC, explica que o circuito em Itajaí é muito importante para a associação. “Vínhamos já há algum tempo tentando fazer com que Itajaí entrasse no circuito e, aos poucos, estamos chegando lá. Conseguimos realizar a primeira regata da nossa classe aqui e vamos continuar mantendo um calendário na cidade, que já tem quatro velejadores da classe RG”, diz.
Para o diretor da Marina Itajaí, Carlos Gayoso de Oliveira, quando o assunto é náutica Itajaí se destaca e, desta vez, o Saco da Fazenda [nas imediações da Marina] foi palco desta competição de miniveleiros. “O evento é uma forma de promover o esporte na região e fortalecer ainda mais este segmento que é tão apreciado na cidade”, diz.
A regata foi realizada pela Secretaria de Turismo & Eventos, em parceria com a Associação Catarinense Veleiros Rádio Controlado (ACVRC) e a Marina Itajaí.
Controle remoto ajuda a aproveitar o vento
Durante a regata o controle remoto serve para comandar dois servos eletrônicos dentro do barco que vão direcionar o leme e os ajustes de vela, mas o que dá propulsão para o barco é o comandante saber utilizar o vento da melhor forma possível. Para vencer a regata por rádio controle, o comandante precisa ter conhecimento da técnica de velejar, ajustar o veleiro e ter boas estratégias.
A raia é triangular. No caso de Itajaí foi montada uma raia com quatro boias, com a largada da primeira perna no contravento, entrando no través lateralmente ao vento, contornando a terceira boia entrando no vento em popa. Há ainda um portão com duas boias onde o comandante pode escolher qual das duas vai contornar [ou fazem a cambagem, na linguagem dos velejadores] para recomeçar o circuito.
No entanto, as raias podem mudar de acordo com os ventos. Bryan explica que em dias de pouco vento as raias são bem menores, porque os barcos andam bem devagar. “Já num dia de ventos mais fortes, de 8 a 15 nós, que é o ideal, a raia fica bem maior, porque essa condição possibilita que os barcos ganhem velocidade”, completa Bryan.
A classe RG 65 foi criada na Argentina em 1950 e se caracteriza por ser livre em termos de projeto, havendo limites no casco (65cm), área vélica e comprimento de mastro (1,10m), com base nas regras da Associação Internacional da Classe RG-65.