Alerta das entidades
BR 101 na região pode colapsar
ANTT prometeu 60 quilômetros de terceiras faixas entre o trecho de Porto Belo e Navegantes
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O risco de colapso no trecho da BR 101 que corta a região da Amfri foi reforçado em pedido da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A entidade cobra agilidade do órgão na aprovação de investimentos para garantir a fluidez e mais segurança na parte da rodovia na região norte do estado.
Os projetos contra a tranqueira na 101 foram tema de reunião no mês passado entre representantes da Fiesc, Federação das Transportadoras (Fetrancesc), o senador Esperidião Amin (PP) e a diretoria da ANTT, em Brasília (DF). As entidades catarinenses também querem o apoio do Fórum Parlamentar pra que deputados e senadores do estado se mobilizem pela causa.
No ofício, a Fiesc lembra que a concessionária Arteris Litoral Sul já protocolou junto à agência um conjunto de propostas de obras discutidas pelo Grupo Paritário de Trabalho (GPT), atual Conselho Tripartite de Rodovias Concessionadas (CTRC). O pacote soma R$ 2,63 bilhões em investimentos, nos valores de 2017, para o trecho que vai de Biguaçu a Balneário Camboriú.
A entidade questiona qual a previsão pra análise e encaminhamentos da ANTT. No documento, a federação alerta, ainda, para os níveis críticos de serviços da rodovia. Conforme a Fiesc, há trechos que devem ser priorizados, como entre Itapema e Navegantes, passando por BC e Itajaí, bem como entre Joinville e Garuva. O ofício aponta a necessidade de obras de travessias urbanas, ruas laterais, passagens em desnível e novos acessos nesses locais.
O pedido considera que a situação atual é de “emergência” e lembra que já foram abertas ações públicas pela prefeitura de Penha e pela Amfri cobrando melhorias na rodovia. Entre os projetos defendidos pela Fiesc estão a nova ponte sobre o rio Itajaí-açu e o entroncamento com a BR 470.
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, pediu “especial dedicação” da agência na busca por soluções para investimentos emergenciais. No alerta, ele considerou que, além da pujante atividade econômica no entorno da rodovia, a BR 101 também dá acesso a um dos mais importantes complexos portuários da América do Sul, em Itajaí e Navegantes, com a segunda posição nacional em movimentação de contêineres.
“Ou seja, são cargas de valor agregado, cuja competitividade e eficiência estão comprometidas, apesar de contribuírem substancialmente para a inserção do Brasil no comércio internacional e para geração de renda, tributos, empregos e circulação da economia”, cobrou o presidente.
Terceira faixa
De acordo com o senador Esperidião Amin (PP), a ANTT prometeu a 3ª faixa na BR 101 entre Porto Belo e Navegantes, somando 60 quilômetros nos dois sentidos. A informação foi confirmada durante a visita técnica nas obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis, no sábado passado, quando o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, esteve no estado.
Assim como outras melhorias, que vão impactar no preço do pedágio, a obra ainda depende de autorização da agência, elaboração do projeto e execução. O senador informou que pedirá uma reunião ao Fórum Parlamentar Catarinense para tratar do assunto e que depois pretende reunir lideranças da região de Itajaí em torno do projeto.