Levantamento apresentado pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do TJSC, na sexta-feira, em Florianópolis, mostra números alarmantes e impactantes sobre ocorrências em SC. Entre janeiro e julho de 2025, o Judiciário de Santa Catarina julgou 23.416 ações relacionadas a estes crimes — uma média de 111 por dia. Esses números correspondem a 28,93% de todo o conjunto da competência criminal, quase um terço do total de processos previstos no Código Penal, que reúne cerca de 180 tipos de crimes diferentes. Foram 106 casos de feminicídio, quase quatro por semana — número 36% maior em comparação ao mesmo período de 2024. Ou seja, toda semana mais de 600 mulheres recorrem à Justiça para obter proteção. Ou então, a cada 15 dias um homem é sentenciado no estado. Conforme a desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, responsável pela Cevid, “os dados não parecem reais, mas infelizmente são”. Os números exigem uma reflexão do nosso comportamento enquanto sociedade. É urgente mudanças de atitudes.

Medida protetiva

Medida protetiva

De acordo com o levantamento, a Justiça catarinense concedeu 18.387 medidas protetivas nos primeiros sete meses deste ano, o que equivale a 87 por dia, aumento de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O instrumento é considerado uma “pérola” no ordenamento jurídico, por garantir a segurança imediata às mulheres em situação de risco.

Por região

O levantamento analisou as nove regiões: grande Florianópolis, litoral sul, planalto sul, litoral norte, vale do itajaí, foz do rio Itajaí, planalto norte, extremo oeste e vale do rio do Peixe. O litoral norte liderou o número de medidas protetivas, com 2927 registros. A foz do rio Itajaí registrou um total de 2787. No outro extremo, o planalto norte teve 810 medidas concedidas.

Corrupção

A partir de segunda-feira, a Alesc sedia a Semana de combate à corrupção, com diversas atividades. A programação prevê painéis com o professor Clóvis de Barros Filho; o esportista Alberto Bial e a promotora de Justiça Júlia Schutz. Conforme Juliana Cristina da Cruz, controladora-geral adjunta da Alesc, o evento vai proporcionar aprendizado, reflexão e mobilização.

Flagrantes

O engenheiro-agrônomo Ricardo Negreiros, lotado na Epagri, em Itajaí, instalou uma câmera de trilha para flagrar os animais em seu habitat natural, em locais estratégicos. Já conseguiu imagens de lontra, cachorro do mato, capivara, tatu, rato do mato e gambá. Para Ricardo, prática traz benefícios para a saúde física e mental ao estreitar a relação com a natureza.