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A eleição é pouco para a política


A Política é uma instância de congregação, ajustamento, ponderação das diferenças e aceitação das diversidades. É a diferença que nos conduz e faz criar a Política: uma amálgama que ilumina as distinções e esclarece o equilíbrio de forças. A Política escala a eterna montanha de que o outro existe. Esse centro gravitacional das relações humanas nos condiciona, como magias e feitiços, a vivermos juntos, à tolerância e à aceitação de sermos animais sociais.

Tendencialmente lutamos uns contra os outros, não como instintivos nas savanas ou nas florestas, nos rios ou nos mares, mas como seres capazes de compreender social e politicamente os outros. Inventamos valores morais e éticos, princípios religiosos, formas de controle dos impulsos mais primitivos. Somos seres “superiores” pela nossa capacidade de salvação e destruição. Somos capazes de nos eliminarmos. Prepotência fantástica, vaidade ilimitada de espécie, antropocentrismo desumano.

Alguns, talvez muitos, não consigam se pensar, se refletir, imaginar sua trajetória, as repetições dos comportamentos em cada desalento, as violências expostas como fraturas nada acidentais. São as guerras do cotidiano, mas do que as disputas sociais e políticas, que expõem o que somos como indivíduo e destaca as inclinações de nossos fantasmas gerados na infância que nos perturba a noite de sono. Ainda assim sabemos que precisamos viver uns com os outros, falarmos uns com os outros, sentir sentimentos comuns e pensar pensamentos semelhantes. Este é o retrato das diferenças. A luta que enfrentamos é, no início, pela igualdade social e política apesar das diferenças e indiferenças nos passos dessa travessia. A Política é o estruto constelar que pode nos unir ou nos escravizar.

Na História há eventos suficientes para planificar os sistemas de relações humanas entre o domínio e a submissão de um lado, e a democracia e a superação de desigualdade de outro. Lembremos ...

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Tendencialmente lutamos uns contra os outros, não como instintivos nas savanas ou nas florestas, nos rios ou nos mares, mas como seres capazes de compreender social e politicamente os outros. Inventamos valores morais e éticos, princípios religiosos, formas de controle dos impulsos mais primitivos. Somos seres “superiores” pela nossa capacidade de salvação e destruição. Somos capazes de nos eliminarmos. Prepotência fantástica, vaidade ilimitada de espécie, antropocentrismo desumano.

Alguns, talvez muitos, não consigam se pensar, se refletir, imaginar sua trajetória, as repetições dos comportamentos em cada desalento, as violências expostas como fraturas nada acidentais. São as guerras do cotidiano, mas do que as disputas sociais e políticas, que expõem o que somos como indivíduo e destaca as inclinações de nossos fantasmas gerados na infância que nos perturba a noite de sono. Ainda assim sabemos que precisamos viver uns com os outros, falarmos uns com os outros, sentir sentimentos comuns e pensar pensamentos semelhantes. Este é o retrato das diferenças. A luta que enfrentamos é, no início, pela igualdade social e política apesar das diferenças e indiferenças nos passos dessa travessia. A Política é o estruto constelar que pode nos unir ou nos escravizar.

Na História há eventos suficientes para planificar os sistemas de relações humanas entre o domínio e a submissão de um lado, e a democracia e a superação de desigualdade de outro. Lembremos das Ágoras e das Guerras, dos conflitos bélicos que se acalentam, mas não têm fim; das tentativas da consagração simbólica das disputas olímpicas como enredo da regulação social e política das disputas entre nações.

De tempos em tempos é preciso levantar os olhos para a História e interpretar os movimentos de longa escala dos relógios. Observar as causas que nos impulsionaram, as inquietudes que nos levantaram, as conquistas em abraços e as lágrimas compartilhadas. O acúmulo de ocasiões gera fatos e tendências para explicar a vida e assumir rumos.

Se a Política pode nos aproximar, também pode se deslocar para longe de nossos olhos e se projetar com presunção. Há pouco o Congresso Nacional, como caso repetitivo, passou a votar leis que aumentam o valor da conta de energia elétrica. A defesa se enrolou no fato de que o aumento seria pouco expressivo. Mas se o princípio é de proteger as pessoas e facilitar suas vidas, por certo há contradição. O Congresso deixa de ser Nacional para ser Seletivo, uma relação de elite e seus amigos. Abandona-se seu fundamento de representar os interesses coletivos para fabricar proteção a grupos de especiais.

É preciso mais do que punir políticos com o voto vingativo em cada eleição. Precisamos mais do que eleitores revoltosos e vingativos: desejamos Cidadãos! A eleição é importante, mas pouco para a Política!

Sérgio S. Januário

Mestre em Sociologia Política


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