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Ministra não pode, mas Lula presidente pode
"É fácil prever que o crédito possa crescer” Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, diz que os bancos vão ampliar o crédito Ministra não pode, mas Lula presidente pode Os críticos à nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) no cargo de ministra do Trabalho, alegando que ela sofreu condenação da Justiça do Trabalho, são basicamente os mesmos que defendem a candidatura presidencial de político condenado por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Até empunham faixas para sustentar o besteirol de que “eleição sem Lula é fraude”. A escolha é dele É extraordinário o talento de Michel Temer para escolher mal os seus auxiliares, mas ele tem o direito de fazê-lo. E de empossá-los. O que é pior? Se Cristiane Brasil respondeu a ação trabalhista, como a maioria dos empregadores brasileiros, Lula está condenado por ladroagem. Ladrão pode Advogados próximos do PT, que impedem na Justiça a posse da ministra, curiosamente não ameaçam a candidatura de político ladrão. Coleção de ações Além da condenação a nove anos e meio de cadeia por corrupção, Lula responde a seis outros processos igualmente graves. Líder do governo humilha comunicação de Temer Área essencial para um governo como o de Michel Temer, que bate recordes de rejeição, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência amargou uma rara prova de desprestígio: sem consultar ninguém, o líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE), fez o relator do Orçamento, Cacá Leão (PP-BA), retirar R$ 210 milhões da comunicação para contemplar parlamentares amigos. Aparentemente, só o ministro Dyogo de Oliveira (Planejamento) sabia da operação. Cadê o dinheiro? A “tunga” de André Moura somente foi percebida durante reunião, com a presença de Temer, para o planejamento de marketing para 2018. Mandante confirmado Em estado de perplexidade, o Planalto obteve do próprio relator Cacá Leão a revelação de que a ordem da “tunga” foi de André Moura. Utilidade pública A Secom confirmou o surrupio e informou que esses R$210 milhões seriam usados em campanhas de utilidade pública e esclarecimento. Brasil de Temer Enquanto no Brasil de Temer o preço do botijão sofreu seis aumentos só este ano (o de tamanho grande já custa R$420), em Portugal, que não produz petróleo ou gás, governo subsidia botijão para quem é carente. Piauiense no frio O ministro Moreira Franco (Secretaria Geral) desdenhou da advertência sobre o frio em Davos, na Suíça: “Piauiense sobrevivente, habituado ao calor de 43 graus, eu não me intimido com 10 graus negativos”. Governo vê retaliação Michel Temer foi quem acalmou ministros próximos após a decisão da ministra Cármen Lúcia, na madrugada de segunda (22), de impedir a posse da ministra do Trabalho. O governo vê “retaliação” à reforma da Previdência, acabando com privilégios que beneficiam a magistratura. Escassez de escrúpulos Se a propina da “doação empresarial” foi proibida, políticos criaram o “fundo eleitoral” (público, claro) bilionário para pagar suas campanhas. Como transportar eleitor é crime, querem passar para o contribuinte otário a conta do transporte do eleitor, feito gado, no dia da eleição. Poder de nomear O vereador Raniere (PDT) reassumiu a presidência da Câmara de Natal no fim de 2017, em decisão semelhante à que devolveu Aécio Neves ao Senado. No dia 10 demitiu 448 e no dia 19 contratou 341. Vale lembrar Se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mantiver a condenação, Lula fica inelegível segundo manda a Lei da Ficha Limpa, independente do placar do julgamento, nesta quarta (24). Prática delitiva Criminalista e ex-delegado, João Ibaixe Junior afirma que a sentença de Lula deverá ser confirmada no TRF-4, na quarta (24): “A questão não é que não existam provas para a condenação, mas sim se as provas existentes demonstram ou não a vontade da prática delitiva.” Filiação, nem pensar Renan Calheiros divulgou vídeo acusando a Justiça de condenar Lula “sem provas”. Sua esperança de reeleição é Lula no seu palanque. Mas a troca de partido está descartada: o PT veta sua filiação. Pensando bem... ... o problema, para Sérgio Cabral, não foram as algemas, mas o mico. PODER SEM PUDOR Tucanos são como irmãos Fernando Henrique Cardoso conhece bem José Serra. Por isso Itamar Franco, então presidente, chamou-o no Ministério das Relações Exteriores para opinar sobre a nomeação de Serra como ministro da Fazenda. - O senhor pretende renunciar? – perguntou FHC. - Não estou entendendo, ministro – respondeu Itamar. - É que, ao nomear Serra, o senhor vai abdicar do poder. Conheço bem o Serra, ele é da turma do “eu sozinho”, tome muito cuidado... Assim Serra acabou queimado. E FHC virou ministro da Fazenda. Com André Brito e Tiago Vasconcelos www.diariodopoder.com.br