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Deve existir algum movimento evangélico sério
Por todos os cantos do país está inçado de igrejas suspeitas principalmente dessas que surgiram nos últimos tempos comandadas por pregadores estelionatários, enganadores, golpistas, picaretas, trapaceiros, vigaristas. Infelizmente, há bastantes pessoas alienadas, enganadas, iludidas, trouxas que dão muito dinheiro para os falsos profetas e exploradores da fé popular.
Mesmo em um Estado que se diz laico, como o Brasil, existem políticos sacripantas calhordas que usam a religião para ofender a honra e a
dignidade das pessoas, e valem-se ainda de argumentos bíblicos infundados para justificar seus atos preconceituosos e racistas. Se o cidadão, o sacerdote e o deputado são uma só pessoa (sem apologia à trindade bíblica), não haveria diferenciação com relação à sua
conduta, independente do lugar em que se encontre, seja na rua, na igreja, na Câmara dos Deputados ou em quaisquer outros lugares
públicos ou não.
É lamentável a pobreza de espírito de um deputado evangélico pseudomoralista, que seria contrário à criminalização da homofobia. Só
faltava ao deputado-pastor fundamentalista falastrão defender a descriminalização do estelionato, do estupro, do homicídio.
Um indivíduo arrogante que, além de sua religiosidade preconceituosa, carrega na alma o ódio e cultua o espírito de vingança, não pode exercer um cargo político, nem como representante do povo na esfera federal e nem muito menos presidir uma instituição como a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), que deveria defender a liberdade e a felicidade dos cidadãos mais desprotegidos da sociedade brasileira.
Será que a Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos (FBDH), sediada em Salvador (BA) que, apesar de inúmeras manifestações e protestos em diversas cidades brasileiras contra o deputado e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP), após ter ele assumido apresidência da CDHM da Câmara dos Deputados, homenageou-o com diploma de defensor dos Direitos Humanos (com erro no nome: consta Marcos no documento) , possui credibilidade e realmente se preocupa com a defesa das minorias, grupos vulneráveis e a política de tolerância religiosa?
Vale destacar que Elizeu Simões Fagundes Rosa, chefe supremo da entidade que diplomou Marco Feliciano, era o presidente do Conselho Federal de Direitos Humanos (CFDH), sediado no Distrito Federal, entidade esta que, em 2009, foi fechada pela Polícia Federal devido à prática de atividades ilegais, inclusive estelionato.
Além de ter sido investigado e indiciado pela Polícia Federal em vários inquéritos, Elizeu Rosa, que atuava como pastor evangélico, foi
denunciado tempos atrás por estupro de uma adolescente, em Itamaraju (BA).
A julgar pela conduta do amigo e co-partidário signatário do diploma de Feliciano, pode-se inferir razão importante do provérbio popular
que diz: Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és. O prepotente deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) que como pessoa, pastor e político nunca antes se preocupou com os pobres nem com os menores violentados sexualmente, como ele próprio declarou a uma revista de circulação nacional deveria largar a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, pegar sua trouxa e partir para o quinto dos infernos.
Apesar de o fanatismo de radicalismo religioso intolerante persistir em (quase) todas as igrejas, acreditamos que deve existir algum
movimento evangélico sério preocupado em promover e defender os direitos humanos em nossa Pátria amada e idolatrada.
Todos os crentes, de todas as religiões, e não-crentes devem entender que as pessoas têm direito à liberdade e à felicidade. Que a paz e o
amor estejam na alma dos brasileiros e brasileiras de boa fé (crença) e de boa-fé (conduta).