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Para aonde vão às ideologias?


Assim funciona, após qualquer competição vem a hora de avaliar e recomeçar. Na política não é diferente e vivemos o momento das reflexões. Os noticiários podem frisar a equipe de governo sendo montada, podem falar de Silvio Santos, dos árbitros no campeonato brasileiro; entretanto, os partidos estão numa ebulição por de trás do silêncio eleitoral. O horário político foi embora e deixou os políticos profissionais trabalhando. Nessas horas fala-se de duas coisas: lançar candidato em 2014 e rever o compromisso do partido.

Aos que pensam nos perdedores querendo entender a derrota e melhorar na próxima eleição, vamos encontrar vitoriosos avaliando e preparando governos. João Santana disse em entrevista que Dilma parou no segundo turno por consequência do “caso Erenice”. Já o senhor Zé Dirceu fala em seu Blog que Santana faz qualquer avaliação menos política. Dirceu acaba mencionando o senador eleito Walter Pinheiro (PT-BA), onde defende que a questão religiosa teve seu peso sim. Isso não é nada, o pior esta no dono do Blog querer justificar o Segundo Turno como uma consolidação da Constituição, e chamando o Segundo Turno de “tradição” confirmada.

Dessa forma, ouso tentar dizer que Dirceu faz tudo menos política também. Pois, gostaria que ele me respondesse por que os oito maiores colégios eleitorais do Brasil não foram para o Segundo Turno? Por que dos 27 governadores só 09 foram para o Segundo Turno? O presidente Lula parou no Segundo Turno nas duas vezes por erros de campanha. Numa delas foi pelos “aloprados” [será que o senhor esqueceu?]. Já que ele não faz política, digo que num sistema parlamentarista não funciona com “maioria dos votos”, enquanto o presidencialismo constitui-se pela maioria dos votos, sendo assim, o Segundo Turno existe para forçar a maioria dos votos.

Quando olho para as demais eleições internacionais, também vejo a sensação que depois da mesma tempestade (eleição) vem à calmaria eleitoral. Doravante, hoje a palavra ideologia esta sendo ressuscitada pela “direita”. Que tempos atrás era bordão da “esquerda”. Em entrevista ao El País, o presidente do Chile Sebastián Piñera fala de estar “construindo uma nova centro-direita”. No Brasil, o ex-prefeito Cesar Maia diz que o DEM precisa “reforçar sua coluna vertebral conservadora”. Fernando Henrique Cardoso ressalta “não estou mais disposto a dar endosso a um PSDB que não defende a sua história”.

Falar em ideologia é o melhor discurso para vencer uma eleição. Piñera fala em ideologia da centro-direita sendo um: sistema político estável e respeitando os direitos humanos; economia de mercado livre e integrada ao mundo; e um sistema social em que o Estado possa garantir a todos o mínimo de dignidade humana e na luta contra a pobreza e a desigualdade. Portanto, querer rever ideologia não é avaliar candidato. Se a “direita” do Brasil pretende voltar ao governo Federal, ela vai precisar mudar seus métodos e objetivos. Não basta hoje lançar Aécio Neves, precisa-se saber o que ele vai fazer. Por fim, ideologia não é um produto de marketing, e sim o DNA do partido político.

José de Souza Júnior

Graduado em Filosofia pela UNIFEBE/Brusque e Mestrando em Ciencias Politica-UFSCar/São Carlos-SP

Contato: js_junior@yahoo.com.br


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