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A derrota do PSDB


O bipartidarismo presidencial poderá entrar em xeque após uma provável ineficiência tucana nas urnas. Entretanto, isso não representará o fim de um partido. Porém, ao olharmos uma democracia sadia, perceberemos que existem partidos de oposição e situação. Dessa forma, nessas eleições poderá ficar consumado que esse PSDB não tem mais fôlego para tal compromisso de fazer oposição. Será preciso de um novo partido ou novo candidato.

O mineiro Aécio Neves é uma grande força para as eleições presidenciáveis de 2014. Por conseguinte, o PSDB acumulará sua terceira derrota presidenciável seguida. E resultando não num candidato que perdeu e sim a derrota de um partido. Diferente do PT, que ao olharmos num processo histórico temos o Lula perdendo três vezes e não o seu partido. Porque, mesmo nas derrotas presidenciáveis, o PT crescia enquanto oposição e sua musculatura eleitoral. Apesar disso, para os tucanos compete apenas oferecer nomes novos para as futuras eleições. E isso é sem dúvida um grande erro, porque não se tapa um buraco cavando outro.

Mesmo considerando uma eventual vitória do candidato tucano à Presidência da República, ainda assim, o PSDB será como um time que não jogou bem e saiu com os três pontos. Ou seja, indiferentemente do resultado eleitoral, já podemos perceber que o principal partido da oposição não fez sua tarefa. Enquanto o PT soube ser situação, mostrou-se bem articulado, aproveitando a imagem do presidente Lula e dos resultados obtidos no seu governo. Enquanto os tucanos correram atrás de uma oposição baseada no passado político, em outras palavras, querendo desenterrar defuntos numa sociedade que não se importa com fatos históricos, deixaram de lado uma oposição que apresentasse algo novo para a sociedade.

Hoje, falar de defeitos não gera mais votos. Sobre a Ficha Limpa ainda não dá para pensar direito. Preciso ver o que as urnas mostrarão. Por enquanto, percebo que a Ficha Limpa barra na burocracia e permanece na consciência. Pois, os inelegíveis continuam tendo intenções de votos. Doravante, caso dos tucanos que quisessem olhar para o passado, eles deveriam trabalhar os projetos iniciados na administração do presidente Fernando Henrique Cardoso, que geraram frutos no governo Lula. O qual soube muito bem trabalhar essa administração governamental. Como também trabalhou a imagem de sua sucessora. Ou seja, tínhamos por um lado uma Dilma Rousseff que dizia que seria continuidade do Lula, e do outro um José Serra que deixava incertezas do que realmente queria dizer.

Depreendo sobre o pensamento que oposição não se faz somente em horários eleitorais gratuitos para os partidos, e pagos pela população. O Brasil teve resultados nos oito anos de Lula. Todavia, a grande derrota foi uma oposição muda. Quero dizer que para a uma democracia, era importantíssimo termos presidenciáveis que realmente debatessem e não ficassem num ostracismo eleitoral. Ainda é inútil estar nos moldes da política europeia, querendo aplicar na América Latina. Como também querer dizer que a única oposição é o atual PSDB.

José de Souza Júnior

Graduado em Filosofia pela Unifebe/Brusque e mestrando em Ciências Políticas-UFSCar/São Carlos-SP

Contato: js_junior@yahoo.com.br


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